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Sábado - 13 de Janeiro de 2007 às 01:40
Por: Patricia Neves

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Um ato de vingança terminou em tragédia na cidade de Mirassol do Oeste, a 220 km de Cuiabá. O lavrador Orlando Moreira Marinho matou a mulher Elza Costa. Na intenção de defender a mãe, o filho biológico do casal, um rapaz de 16 anos, entrou em luta corporal com o pai e terminou por disparar um tiro fatal contra ele. Desesperado, o rapaz desapareceu da cidade.

A tragédia, de acordo com a Polícia Civil, foi planejada por Orlando, que havia sido preso, seis meses atrás, após uma denúncia da mulher.

Pai, mãe e filho moravam no assentamento Margarida Alves, que fica nas imediações da cidade. Orlando era procurado pela polícia acusado de homicídio em Rio Acre (AC), ocorrido 15 anos atrás, e foi denunciado por Elza após uma briga que resultou na separação definitiva de ambos.

Havia um mandado de prisão expedido contra ele e por esse motivo Orlando permaneceu preso por seis meses na cadeia da cidade até ser beneficiado -cerca de 20 dias atrás - com a revogação da prisão.

Ao sair da cadeia ele prometeu que se vingaria de Elza com quem não conversava mais. Apesar da denúncia, ele ainda costumava frequentar a casa de familiares da ex-mulher, com quem viveu por 15 anos.

No dia do crime ele foi até a casa da irmã dela para conversar, mas não trocou nenhuma palavra com Elza, de acordo com informações da polícia.

Ele sabia que a ex-mulher estava lá e permaneceu do lado de fora da residência aguardando que ela saísse. Elza tinha ido ao local ajudar a irmã a depenar alguns frangos.

Cerca de cem metros após a casa ela foi agarrada pelos cabelos por Orlando e levou um tiro à queima-roupa.

A mulher não teve a menor chance de defesa. Assistindo às cenas, o rapaz correu em direção ao pai e ambos entraram em luta corporal. Rolaram no chão e o rapaz conseguiu tomar a arma da mão dele.

Orlando, novamente, partiu para cima do filho, que disparou uma única vez.

Na confusão, o filho mais velho de Elza que também havia sido criado por Orlando o agrediu também depois dele ser ferido. O rapaz chegou a ser encaminhado para delegacia prestou depoimento e foi liberado.

O lavrador Orlando morreu quando era encaminhado de ambulância para o hospital de Cáceres.

Desde a tragédia o garoto está sendo procurado para ser apresentado à Promotoria da Infância e Juventude.

É possível que por ter agido em um momento de extremo nervosismo e na tentativa de salvar a mãe ele não seja denunciado pelo assassinato o que evitaria que ele fosse encaminhado para cumprir medida sócio-educativa (sentença) em Cuiabá, no Complexo Pomeri.

O delegado Mário Rezende é o responsável pelo inquérito.




Fonte: A Gazeta

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