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Internacional
Sábado - 13 de Janeiro de 2007 às 00:25

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O presidente boliviano, Evo Morales, anunciou hoje que seu Governo vai elaborar um projeto de lei para instituir a destituição pelo voto popular das autoridades "que não cumpram seus compromissos" e evitar assim conflitos como o de Cochabamba. "Se o povo sabe que, pelo voto, pode revogar um mandato, acabarão conflitos como este", afirmou Morales em entrevista coletiva em La Paz, comentando aos confrontos dos últimos dias entre sindicatos que apóiam o seu Governo e simpatizantes do governador Manfred Reyes Villa.

Os camponeses cocaleiros exigem a renúncia do governador, que defende um novo referendo sobre a autonomia da região. Os choques deixaram na quinta-feira dois mortos. Segundo dados do Ministério da Saúde, foram mais de 200 os feridos.

A proposta de Morales é de que prefeitos, governadores e ele mesmo possam ser derrubados por referendo popular, em caso de má administração, atos de corrupção ou violação dos direitos humanos. O projeto de lei será debatido no Congresso assim que for redigido, acrescentou o presidente.

Morales aproveitou para agradecer aos movimentos sociais por terem ouvido o seu pedido para que não buscassem "vingança" na manifestação convocada para a praça principal de Cochabamba. O protesto foi pacífico.

Ao longo do dia foram suspensos os bloqueios das estradas de acesso a Cochabamba, iniciados na terça-feira pelos camponeses que exigiam a renúncia de Reyes Villa.

O governador foi para Santa Cruz, onde foi recebido pelo presidente da Conferência Episcopal da Bolívia, o cardeal Julio Terrazas.

O religioso anunciou num comunicado que aceita mediar o conflito de Cochabamba, como pediram os cinco governadores que fazem oposição a Morales. O documento emitido pelo cardeal citou a "vocação de paz" da Igreja Católica e ressaltou "a necessidade de construir consensos na busca de uma Bolívia para todos e da reconciliação nacional".





Fonte: Agência EFE

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