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IGP-M fica em 0,32% na primeira prévia de janeiro
A primeira prévia do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de janeiro subiu 0,32% ante aumento de 0,18% em igual prévia no mês anterior. O resultado, divulgado nesta quinta-feira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pela Agência Estado, que esperavam um resultado entre 0,10% a 0,34%, e acima da mediana das expectativas (0,20%). O período de coleta de preços para cálculo da primeira prévia do IGP-M de janeiro foi do dia 21 a 30 de dezembro.
Os três indicadores que compõe a primeira prévia do IGP-M sofreram elevação. O índice de Preços no Atacado (IPA), que representa 60% do total do IGP-M, teve crescimento de 0,22% ante os 0,23% da primeira prévia de dezembro. Segundo a FGV, na avaliação de preços por produtos, as altas mais expressivas foram registradas em ovos (10,62%); óleo de soja refinado (5,48%); e querosene para motores (5,30%).
"Poderia ter subido mais, não fosse a queda de preços em matérias-primas brutas", avaliou o coordenador de Análises Econômicas da FGV, Salomão Quadros. Ele considerou que houve desacelerações e quedas de preços em commodities de forte peso na formação da inflação do atacado. Esses produtos estavam subindo fortemente até dezembro, quando começaram a registrar perda de força em suas elevações de preços. É o caso de soja em grão (de 4,42% para -1,65%); milho em grão (de 8,55% para 2%); arroz em casca (de 5,10% para -6,08%); e mandioca - aipim (6,67%).
O economista não descartou a continuidade nessas quedas e desacelerações de preços nas matérias-primas brutas ao longo de janeiro. Ele considerou que há boas perspectivas de safra e de produção nessas commodities, o que pode beneficiar a oferta dos itens e, por conseqüência, derrubar os preços. "Se não tiver choques (de preços), acho que as matérias-primas vão continuar a segurar o índice (o IGP-M)", afirmou.
Varejo
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem 30% de participação no IGP-M, registrou avanço de 0,55% frente alta de 0,03% na primeira prévia de dezembro. A elevação foi impulsionada pelo fim da deflação de preços no grupo Alimentação (de -0,29% para 0,76%).
Das sete classes de despesa usadas para cálculo do IPC, cinco registraram aceleração ou fim de deflação de preços, no mesmo período. Além de Alimentação, é o caso de Habitação (de -0,09% para 0,23%); Vestuário (de 0,60% para 1,53%); Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,14% para 0,60%) e Transportes (de 0,09% para 1,17%). Os outros dois grupos restantes apresentaram queda de preços no período, como Educação, Leitura e Recreação (de 0,29% para -0,16%); e Despesas Diversas (de 1,26% para -0,06%).
A FGV informou ainda que, na análise da movimentação de preços por produtos, as altas mais expressivas no varejo, no âmbito da primeira prévia do IGP-M de janeiro, foram registradas em tarifa de ônibus urbano (2,68%); tomate (9,81%) e móveis para residência (3,06%). Já as mais expressivas quedas de preço foram apuradas em limão (-29,45%); passagem aérea (-8,36%); e seguro facultativo para veículo (-1,98%).
Construção De acordo com a fundação, a aceleração na taxa do INCC (de 0,26% para 0,37%), que representa 10% do total do IGP-M, foi influenciada por elevação mais intensa de preços no segmento de mão-de-obra (de 0,09% para 0,55%).
A fundação esclareceu que, na análise de preços por produtos, as altas mais expressivas na construção civil, foram registradas em ajudante especializado (0,52%); servente (0,54%); e pedreiro (0,55%). Já as quedas de preço foram apuradas em chuveiro elétrico simples (-1,47%); material elétrico (-0,63%); e condutores elétricos fio/cabo (-0,77%).
Previsão de janeiro
O IGP-M de janeiro deve vir acima do registrado em dezembro na avaliação do coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros. Ele fez a análise após a aceleração na taxa da primeira prévia do IGP-M de janeiro, que subiu 0,32% - mesma taxa do índice de dezembro, e acima do apurado em igual prévia em dezembro (0,18%). Quadros considerou que a primeira prévia já mostrou forte aceleração de preços no varejo, devido à alta nos preços dos alimentos in natura. Porém, a primeira prévia contou com pequeno impacto dos aumentos nos preços das mensalidades escolares, realizados historicamente no primeiro mês do ano. Ou seja: o IPC, indicador de varejo, deve subir ainda mais até o final deste mês.
Além disso, os preços do atacado também podem subir até o fim de janeiro, devido à perspectiva de continuidade na elevação de preços dos alimentos in natura - cuja alta não parece estar.
Os três indicadores que compõe a primeira prévia do IGP-M sofreram elevação. O índice de Preços no Atacado (IPA), que representa 60% do total do IGP-M, teve crescimento de 0,22% ante os 0,23% da primeira prévia de dezembro. Segundo a FGV, na avaliação de preços por produtos, as altas mais expressivas foram registradas em ovos (10,62%); óleo de soja refinado (5,48%); e querosene para motores (5,30%).
"Poderia ter subido mais, não fosse a queda de preços em matérias-primas brutas", avaliou o coordenador de Análises Econômicas da FGV, Salomão Quadros. Ele considerou que houve desacelerações e quedas de preços em commodities de forte peso na formação da inflação do atacado. Esses produtos estavam subindo fortemente até dezembro, quando começaram a registrar perda de força em suas elevações de preços. É o caso de soja em grão (de 4,42% para -1,65%); milho em grão (de 8,55% para 2%); arroz em casca (de 5,10% para -6,08%); e mandioca - aipim (6,67%).
O economista não descartou a continuidade nessas quedas e desacelerações de preços nas matérias-primas brutas ao longo de janeiro. Ele considerou que há boas perspectivas de safra e de produção nessas commodities, o que pode beneficiar a oferta dos itens e, por conseqüência, derrubar os preços. "Se não tiver choques (de preços), acho que as matérias-primas vão continuar a segurar o índice (o IGP-M)", afirmou.
Varejo
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem 30% de participação no IGP-M, registrou avanço de 0,55% frente alta de 0,03% na primeira prévia de dezembro. A elevação foi impulsionada pelo fim da deflação de preços no grupo Alimentação (de -0,29% para 0,76%).
Das sete classes de despesa usadas para cálculo do IPC, cinco registraram aceleração ou fim de deflação de preços, no mesmo período. Além de Alimentação, é o caso de Habitação (de -0,09% para 0,23%); Vestuário (de 0,60% para 1,53%); Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,14% para 0,60%) e Transportes (de 0,09% para 1,17%). Os outros dois grupos restantes apresentaram queda de preços no período, como Educação, Leitura e Recreação (de 0,29% para -0,16%); e Despesas Diversas (de 1,26% para -0,06%).
A FGV informou ainda que, na análise da movimentação de preços por produtos, as altas mais expressivas no varejo, no âmbito da primeira prévia do IGP-M de janeiro, foram registradas em tarifa de ônibus urbano (2,68%); tomate (9,81%) e móveis para residência (3,06%). Já as mais expressivas quedas de preço foram apuradas em limão (-29,45%); passagem aérea (-8,36%); e seguro facultativo para veículo (-1,98%).
Construção De acordo com a fundação, a aceleração na taxa do INCC (de 0,26% para 0,37%), que representa 10% do total do IGP-M, foi influenciada por elevação mais intensa de preços no segmento de mão-de-obra (de 0,09% para 0,55%).
A fundação esclareceu que, na análise de preços por produtos, as altas mais expressivas na construção civil, foram registradas em ajudante especializado (0,52%); servente (0,54%); e pedreiro (0,55%). Já as quedas de preço foram apuradas em chuveiro elétrico simples (-1,47%); material elétrico (-0,63%); e condutores elétricos fio/cabo (-0,77%).
Previsão de janeiro
O IGP-M de janeiro deve vir acima do registrado em dezembro na avaliação do coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros. Ele fez a análise após a aceleração na taxa da primeira prévia do IGP-M de janeiro, que subiu 0,32% - mesma taxa do índice de dezembro, e acima do apurado em igual prévia em dezembro (0,18%). Quadros considerou que a primeira prévia já mostrou forte aceleração de preços no varejo, devido à alta nos preços dos alimentos in natura. Porém, a primeira prévia contou com pequeno impacto dos aumentos nos preços das mensalidades escolares, realizados historicamente no primeiro mês do ano. Ou seja: o IPC, indicador de varejo, deve subir ainda mais até o final deste mês.
Além disso, os preços do atacado também podem subir até o fim de janeiro, devido à perspectiva de continuidade na elevação de preços dos alimentos in natura - cuja alta não parece estar.
Fonte:
Estadão
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/249120/visualizar/
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