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Polícia Brasil
Quinta - 11 de Janeiro de 2007 às 08:43

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Pelo menos seis homens suspeitos de integrarem a quadrilha que assaltou as agências do Banco do Brasil e do Itaú e uma loja de eletrodomésticos na cidade de São Gotardo, no Alto Paranaíba mineiro, foram presos na noite de ontem. Segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) de Minas Gerais, um dos suspeitos foi preso na cidade de Igarapava, no nordeste paulista. Os outros cinco foram detidos também no interior de São Paulo, na divisa com Minas.

As Polícias Militar e Civil de Minas montaram um forte aparato de segurança para tentar prender os integrantes da quadrilha que espalhou terror e manteve um juiz e sete policiais reféns anteontem, no interior do Estado. Na operação, um PM foi morto e outro ficou ferido. A busca contava ontem com 250 PMs e 170 policiais civis de Minas, além de ter o apoio de cerca de 150 homens das polícias de São Paulo e Goiás.

Os reféns levados pela quadrilha (cinco PMs, dois delegados e um juiz) foram soltos na manhã de ontem e passaram o dia prestando depoimentos numa delegacia da Polícia Civil de Araxá. Segundo a polícia, disseram que os criminosos têm sotaque paulista, mas, segundo a Secretaria de Defesa Social, não há informação concreta sobre a origem da quadrilha. O bando teria de 12 a 15 integrantes e estaria com armamento pesado e coletes à prova de balas.

A ação criminosa ocorreu no mesmo dia em que os governadores do Sudeste criaram o Gabinete Integrado de Segurança, para reforçar o combate à violência, e um dia após a Secretaria de Defesa Social anunciar a redução de homicídios e assaltos no Estado, em 2006.

O secretário de Defesa Social, Maurício de Oliveira Campos Júnior, admitiu vulnerabilidades no sistema de segurança no interior mineiro. Segundo ele, a grande malha rodoviária facilita as fugas e a polícia não está habituada a enfrentar a ação de quadrilhas. Ele afirmou que o investimento no interior é uma das prioridades este ano.

Escudos humanos

Os assaltos ocorreram por volta das 16 horas de terça. Os criminosos roubaram uma agência do Banco do Brasil e outra do banco Itaú, além de uma loja de eletrodomésticos, todas em São Gotardo. Segundo a secretaria, os bancos ainda não informaram quanto foi roubado.

O grupo chegou a usar reféns como escudos humanos. Ordones Claudino da Silva, dono de um comércio na praça central do município, a poucos metros das agências, testemunhou cenas de terror. 'Eles fizeram vários cordões de pessoas, colocando-as como parede humana para protegê-los. E gritavam que se a polícia viesse muita gente ficaria caída pelo chão.'

Após os assaltos, os criminosos fugiram em uma Blazer e um Vectra e levaram um carro da PM, abandonado depois. Na fuga, furaram três bloqueios policiais. No primeiro, atiraram contra um carro da Polícia Rodoviária Estadual. O cabo Wandeck Costa da Silva, que estava no veículo, morreu no local. Outros dois PMs ficaram feridos na perseguição.

Outros crimes

Também na terça-feira houve outras três tentativas de assalto a bancos no interior de Minas, duas delas bem-sucedidas. Em Brasilândia de Minas, no noroeste do Estado, criminosos levaram dinheiro de agências do Banco do Brasil e do Bradesco, e chegaram a fazer quatro reféns. Pela manhã, em São Sebastião do Maranhão, no Vale do Rio Doce, a PM frustrou uma tentativa de assalto a uma agência do Itaú. No confronto, dois criminosos morreram e um foi preso.

A Defesa Social investiga se há relação da quadrilha que agiu em São Gotardo com os crimes nas outras cidades e com um assalto a banco na segunda-feira em Tiros, no Alto Paranaíba.





Fonte: AE

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