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Lula vai criar fundo de R$ 5 bi para saneamento
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai criar, por meio de medida provisória (MP) que constará do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Fundo de Investimento em Infra-estrutura e Saneamento, que terá, inicialmente, R$ 5 bilhões de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Os trabalhadores poderão comprar cotas desse fundo, até o limite de 10% a 20% de seus depósitos no FGTS, conforme informou ontem o ministro das Cidades, Márcio Fortes. O limite ainda não foi definido pelo presidente. A rentabilidade obtida nessas aplicações estará isenta do Imposto de Renda.
O novo fundo será operado pela Caixa Econômica Federal e poderá fazer todas as operações de mercado próprias dos fundos de investimento. "Poderá comprar ações e debêntures das empresas da área de infra-estrutura e de saneamento ou adquirir recebíveis", explicou Fortes. "Nós queremos financiar projetos na área de infra-estrutura."
O plano do governo é que 30% dos R$ 5 bilhões sejam destinados a projetos e empresas de saneamento básico. Depois que for criado por MP, o novo fundo será regulamentado por decreto do presidente Lula.
A proposta em exame no governo prevê a criação de um comitê gestor do fundo, que será integrado, em princípio, pelos Ministérios da Cidades, da Fazenda e dos Transportes. Esse comitê definirá os projetos que serão financiados pelo fundo e as demais aplicações.
Inicialmente, os recursos destinados ao fundo serão equivalentes a 25% do patrimônio líquido do FGTS. Fortes disse que, ao longo dos próximos anos, o montante de recursos poderá chegar a R$ 16 bilhões.
Rentabilidade
O governo acredita que os trabalhadores terão interesse em comprar cotas do fundo, pois a rentabilidade poderá ser maior que os 3% ao ano mais TR (taxa referencial de juro) que remuneram os depósitos do FGTS.
"Basta lembrar que a inadimplência na área de saneamento básico tem sido zero", disse Fortes, para mostrar a saúde das empresas do setor, que poderão ter as ações e debêntures compradas pelo fundo de investimento a ser criado.
Na sexta-feira, ao sancionar a lei que instituiu o marco regulatório do setor de saneamento básico, o presidente Lula vetou justamente um artigo que previa o investimento de recursos do FGTS em Fundos de Investimento e Participações, na aquisição de cotas de Fundos de Direitos Creditórios e na aquisição de ações representativas do capital social e em debêntures de empresas de saneamento e infra-estrutura.
O ministro explicou que o veto foi sugerido ao presidente porque o artigo da lei do saneamento abria a possibilidade de aplicações dos recursos do FGTS numa grande quantidade de investimentos. "Seria um saco sem fundo", afirmou. A mesma explicação foi dada pelo secretário-executivo do Conselho Curador do FGTS, Paulo Furtado. "Da forma como o artigo estava redigido, colocava-se uma área inteira, que vai de telefonia a energia elétrica,passando por portos e rodovias, disputando recursos do saneamento".
O presidente Lula vetou também o artigo que criava incentivo fiscal para investimentos em saneamento básico. Pelo artigo, as empresas poderiam usar investimentos feitos em ativos permanentes de serviços de saneamento como crédito perante a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social e a contribuição do PIS/Pasep.
"Quando a lei do saneamento foi aprovada, essa questão ainda não estava negociada de forma terminativa", disse Márcio Fortes. "O Ministério da Fazenda preferiu não fazer agora essa renúncia fiscal."
Os trabalhadores poderão comprar cotas desse fundo, até o limite de 10% a 20% de seus depósitos no FGTS, conforme informou ontem o ministro das Cidades, Márcio Fortes. O limite ainda não foi definido pelo presidente. A rentabilidade obtida nessas aplicações estará isenta do Imposto de Renda.
O novo fundo será operado pela Caixa Econômica Federal e poderá fazer todas as operações de mercado próprias dos fundos de investimento. "Poderá comprar ações e debêntures das empresas da área de infra-estrutura e de saneamento ou adquirir recebíveis", explicou Fortes. "Nós queremos financiar projetos na área de infra-estrutura."
O plano do governo é que 30% dos R$ 5 bilhões sejam destinados a projetos e empresas de saneamento básico. Depois que for criado por MP, o novo fundo será regulamentado por decreto do presidente Lula.
A proposta em exame no governo prevê a criação de um comitê gestor do fundo, que será integrado, em princípio, pelos Ministérios da Cidades, da Fazenda e dos Transportes. Esse comitê definirá os projetos que serão financiados pelo fundo e as demais aplicações.
Inicialmente, os recursos destinados ao fundo serão equivalentes a 25% do patrimônio líquido do FGTS. Fortes disse que, ao longo dos próximos anos, o montante de recursos poderá chegar a R$ 16 bilhões.
Rentabilidade
O governo acredita que os trabalhadores terão interesse em comprar cotas do fundo, pois a rentabilidade poderá ser maior que os 3% ao ano mais TR (taxa referencial de juro) que remuneram os depósitos do FGTS.
"Basta lembrar que a inadimplência na área de saneamento básico tem sido zero", disse Fortes, para mostrar a saúde das empresas do setor, que poderão ter as ações e debêntures compradas pelo fundo de investimento a ser criado.
Na sexta-feira, ao sancionar a lei que instituiu o marco regulatório do setor de saneamento básico, o presidente Lula vetou justamente um artigo que previa o investimento de recursos do FGTS em Fundos de Investimento e Participações, na aquisição de cotas de Fundos de Direitos Creditórios e na aquisição de ações representativas do capital social e em debêntures de empresas de saneamento e infra-estrutura.
O ministro explicou que o veto foi sugerido ao presidente porque o artigo da lei do saneamento abria a possibilidade de aplicações dos recursos do FGTS numa grande quantidade de investimentos. "Seria um saco sem fundo", afirmou. A mesma explicação foi dada pelo secretário-executivo do Conselho Curador do FGTS, Paulo Furtado. "Da forma como o artigo estava redigido, colocava-se uma área inteira, que vai de telefonia a energia elétrica,passando por portos e rodovias, disputando recursos do saneamento".
O presidente Lula vetou também o artigo que criava incentivo fiscal para investimentos em saneamento básico. Pelo artigo, as empresas poderiam usar investimentos feitos em ativos permanentes de serviços de saneamento como crédito perante a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social e a contribuição do PIS/Pasep.
"Quando a lei do saneamento foi aprovada, essa questão ainda não estava negociada de forma terminativa", disse Márcio Fortes. "O Ministério da Fazenda preferiu não fazer agora essa renúncia fiscal."
Fonte:
AE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/249472/visualizar/
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