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Internacional
Quarta - 10 de Janeiro de 2007 às 06:42

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O chefe do Serviço de Informações das Forças Armadas de Israel, general Amos Yadlin, disse hoje na Comissão Parlamentar para Assuntos de Defesa e do Exterior que o Irã poderá produzir uma bomba atômica dentro de dois anos e meio.

Segundo ele, este prazo, até meados de 2009, será cumprido caso o programa nuclear iraniano - realizado supostamente para conseguir a capacidade necessária para produzir armas atômicas - não sofra atrasos por motivos técnicos ou políticos.



Além disso, o militar israelense afirmou que este prazo será menor caso o Irã consiga reduzir o tempo necessário para adquirir 25 quilos do material necessário para produzir a fissão nuclear.

Entretanto, a recente imposição de sanções ao Irã pelo Conselho de Segurança é "muito importante", embora sejam "leves", pois esta é a primeira vez que acontece e porque foram aprovadas por unanimidade, declarou Yadlin.

O militar israelense afirmou que o Irã continua com seu programa para enriquecer urânio, que é imprescindível para produzir armas nucleares, e disse que não se surpreenderia se dentro de alguns meses Teerã anunciasse que completou esta etapa, em cujo caso a comunidade internacional deixará de pressionar este país.

Com relação ao Líbano, Yadlin informou aos parlamentares que o Hisbolá, braço armado do Partido de Deus, reconstrói e fortalece posições destruídas por Israel durante o conflito do último ano, que acabou após o estabelecimento de um cessar-fogo no dia 14 de agosto.



A Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Finul), que conta com cerca de 8.000 soldados de vários países, entre eles da Espanha, não consegue impedir estes trabalhos, disse o militar israelense, apesar de sua missão ser impedir o retorno do Hisbolá ao sul do rio Litani, e à fronteira de 110 quilômetros com Israel.

Yadlin também afirmou que "dezenas, ou centenas", de militantes da Al Qaeda se estabeleceram em território libanês para perpetrarem ataques contra Israel.

Com relação à Síria, que reivindica de Israel a devolução das Colinas do Golã, ele disse que o Governo de Damasco "está interessado" em negociar com Israel, embora tenha acrescentado: "não sabemos se deseja a paz".

Yadlin acredita que este interesse do presidente sírio, Bashar Asad, se deve ao fato de que, caso negocie com Israel, seu Governo se livraria das suspeitas de seu suposto envolvimento no assassinato do ex-primeiro-ministro libanês Rafik Hariri, investigado pela ONU.

Por enquanto, disse Yadlin, não se sabe que tipo de acordo de paz Asad deseja estabelecer com Israel e que preço estaria disposto a pagar por isto.

O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, afirmou que seu Governo condiciona o reinício das negociações de paz com a Síria, paradas desde 2000, a Asad cessar seu apoio "aos terroristas palestinos" com sede em Damasco e ao Hisbolá, "em conivência com a República Islâmica do Irã".




Fonte: Agência EFE

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