Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Quarta - 10 de Janeiro de 2007 às 06:38
Por: Rodrigo Vargas

    Imprimir


Polícia nas ruas e articulação política. Na primeira entrevista concedida após a definição dos nomes de seu primeiro escalão, o novo secretário de Justiça e Segurança Pública, Carlos Brito, anunciou uma transição sem traumas, mas com diferenças em relação ao antecessor, o promotor de Justiça Célio Wilson.

“Não haverá rupturas com o que vinha sendo executado, até mesmo porque se trata de um governo reeleito. Mas acho que este processo de reestruturação que foi realizado poderá se beneficiar de um maior relacionamento político e institucional que pretendo conduzir”, apontou o secretário.

O trabalho, segundo ele, poderá ser auxiliado pela recente aproximação entre o governador Blairo Maggi e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “O momento político é propício para assegurar novos convênios e para dar andamento aos contatos já estabelecidos com o governo federal”.

Sobre o combate à criminalidade nas ruas, quem deu o tom da nova gestão foi o coronel Adaildon Evaristo de Moraes Costa, que assumirá amanhã o comando-geral da Polícia Militar. Segundo ele, uma reengenharia operacional irá dar prioridade ao policiamento ostensivo.

“Queremos reduzir nossa força administrativa ao mínimo necessário e concentrar entre 98% e 99% do efetivo no policiamento nas ruas. Foi isso que fizemos em Barra do Garças e Rondonópolis, com bons resultados”, apontou.

Entre as primeiras medidas anunciadas pelo coronel, estão a criação de um batalhão único reunindo os efetivos da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) e do Batalhão de Trânsito. Cuiabá terá quatro batalhões. Várzea Grande ficará com um batalhão.

O novo diretor-geral da Polícia Civil, José Lindomar da Costa, anunciou mudanças na estrutura de atendimento à população. Em lugar do atual plantão na Miranda Reis, serão abertos dois pontos de atendimento nos complexos dos bairros Planalto e Verdão.

“Iremos investir, ainda, na criação de Delegacias Virtuais, permitindo que o cidadão registre ocorrências de forma rápida, na estrutura dos pontos da Polícia Comunitária”, adiantou o diretor, que também prometeu mais estrutura para a Delegacia de Defesa da Mulher, com base nos moldes previstos pela Lei Maria da Penha.

PRISIONAL – Recém-definido para a secretaria, Brito se viu diante de uma rebelião com reféns no presídio de Água Boa, na região do Araguaia. A experiência serviu para mostrar que o sistema prisional deve ser acompanhado de perto.

“Aquela situação em Água Boa foi resolvida de forma positiva, mas temos de encarar o fato de que, se a polícia conseguisse cumprir todos os mandados de prisão, não haveria onde colocar os presos. Então temos de investir na construção de novas unidades para o sistema”.




Fonte: Diário de Cuiabá

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/249524/visualizar/