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Saúde
Quarta - 10 de Janeiro de 2007 às 06:36

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Um simples exame sangüíneo pode prever com grande probabilidade o risco de uma pessoa sofrer um ataque cardíaco ou derrame e a possibilidade de doentes cardíacos virem a morrer da doença, segundo um estudo publicado nesta terça-feira.

Uma pesquisa realizada com 987 homens e mulheres com doença coronariana estável descobriu que um alto nível da proteína NT-proBNP no sangue significa um alto risco de ataque cardíaco, derrame, insuficiência cardíaca e morte. "Depois de ajustar todos os outros fatores de risco, está claro que este marcador capta algo que, de outra forma, somos incapazes de detectar com exames padrões, como o ecocardiograma", disse Mary Whooley, chefe das pesquisas e médica do Centro Médico San Francisco VA, na Califórnia.

As descobertas serão publicadas na edição desta quarta-feira do Journal of the American Medical Association (Jama). A proteína NT-proBNP é um marcador no sangue do hormônio BNP, que "se eleva em épocas de estresse ou estiramento cardíaco", explicou Whooley. "Quando a parede cardíaca é superexpandida devido ao excesso de volume sangüíneo, ou danificada pela falta de fluxo de sangue para o próprio coração, o BNP se eleva, e a NT-proBNP o acompanha", acrescentou.

Estudo Os pacientes em estudo foram divididos em quatro grupos com níveis diferentes de NT-proBNP, e cada um foi acompanhado por prazo médio de 3,7 anos. Vinte e seis por cento deles morreram ou tiveram algum tipo de insuficiência cardíaca durante o estudo.

Os pacientes que pertenciam ao grupo com os níveis mais altos de NT-proBNP demonstraram ser 3,4 vezes mais propensos a morrer ou sofrer ataque cardíaco ou derrame do que os pacientes com os níveis mais baixos deste marcador biológico.

Whooley alertou que este exame só deve ser pedido a pacientes com doença coronariana conhecida. Para outros com aparente boa saúde, sua utilidade é limitada, afirmou.

O exame "é muito melhor para prever o risco em uma população com alta incidência de doença cardíaca", declarou. O estudo foi financiado pela Fundação Robert Wood Johnson e pelo Instituto Nacional de Coração, Pulmão e Sangue, vinculado ao Instituto Nacional de Saúde americano (NIH, na sigla em inglês).




Fonte: AFP

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