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Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Terça - 09 de Janeiro de 2007 às 06:44
Por: Felipe Gil

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Elaine Martins Cardoso, 31 anos, descobriu que estava grávida de cinco meninas - uma delas morta ¿ aos cinco meses de gravidez. A gestação não foi percebida porque ela pesa 120 quilos e estava há quase um ano sem menstruar.

Elaine, que está quase na 24ª semana (cinco meses e meio), passou a ser acompanhada por um obstetra há menos de duas semanas em Santo André, na Grande São Paulo, onde mora. Segundo o médico José Vacari, o estado de saúde da dona-de-casa evolui bem. "Uma das bebês entrou em óbito e deve ser reabsorvida pelo corpo da mãe, mas as outras quatro se desenvolvem muito bem", diz Vacari.

Elaine tem ovários micropolicísticos, que dificultam a ovulação. "Já tinha acontecido de eu ter ficado cinco, oito meses sem menstruar", diz ela.

Na manhã do último dia 29, Elaine foi fazer um ultra-som abdominal em decorrência de dores na região e constatou gêmeas, uma delas morta. "Foi o primeiro choque. Tanto por saber que estava grávida quanto por saber que um deles estava em óbito", diz Elaine.

Por volta das 20h30 do mesmo dia, ela deu entrada na maternidade Neomater, onde ficou até as 4h, e foi informada de que estava grávida não de duas, mas de cinco meninas. "Meu marido ficou até mais abatido do que eu. Como pai de família, ele se preocupa. Temos um filho de dois anos, que precisa de muita atenção".

Elaine mora com o marido e o filho em uma casa de três cômodos nos fundos da casa de sua mãe. Na casa da frente moram os pais, dois irmãos e um sobrinho de cinco anos de Elaine.

O salário de Valter Cardoso da Silva, marido de Elaine, é de R$ 1,2 mil. A família busca ajuda e conseguiu um doador na manhã desta sexta-feira. "Ele não quis que divulgassemos o valor, mas foi uma doação em dinheiro", alegra-se Elaine.

Exames complementares ficarão prontos na quinta-feira. Vacari acredita que, mantida a dieta e o controle da diabetes, a gravidez de Elaine seguirá sem problemas.

De acordo com o médico, a gestação deverá chegar a no máximo oito meses. A principal preocupação, neste caso é com a mãe. "Se cada um dos quatro bebês chegar a dois quilos, por exemplo, são oito quilos no abdômen da mãe, o que pode causar uma série de problemas, inclusive respiratórios", avalia Vacari.

As consultas deverão ocorrer sempre em períodos inferiores a 15 dias. "Ela é muito sensível ao tratamento, é religiosa e está extremamente tranqüila. Ela tem certeza de que a gravidez vai à frente. E pelos exames feitos até agora eu acredito que sim também", afirma Vacari.




Fonte: Terra

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