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Termelétrica de Cuiabá deve encerrar atividades a partir de abril
Apesar da recuperação do reservatório de Furnas em Mato Grosso, onde a Usina de Manso opera com volume útil de 85,57%, o governo federal mantém a Termelétrica de Cuiabá (Usina Mário Covas) em funcionamento até abril, quando termina o período chuvoso.
Nesse mês será decidido o início do desligamento das termelétricas pelo país, priorizando as movidas a óleo diesel. Entretanto, estuda-se a possibilidade de que parte dessas unidades permaneçam operando durante o ano para evitar problemas em 2014, quando a demanda por energia aumentará em razão do Mundial de Futebol, sobretudo nos horários dos jogos nos estádios.
De acordo com o especialista em energia, o economista José Manuel Marta, na Capital o consumo deverá ser ampliado o equivalente a uma cidade do tamanho de Chapada dos Guimarães, principalmente por causa dos cerca de 200 MW/hora necessários para o funcionamento do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT).
Por comporem o Sistema Interligado Nacional (SIN), as operações de todas as usinas, incluindo as instaladas em Mato Grosso, são planejadas e programadas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). O nível do reservatório, o volume armazenado e a energia despachada de Manso, por exemplo, são definidos pelo órgão, que opera o conjunto de reservatórios brasileiros de forma integrada, com objetivo de garantir a segurança energética ao menor custo.
Em Cuiabá, a Termelétrica está acionada em capacidade máxima (de 480 MW/dia) desde setembro do ano passado, elevando o custo da energia, porque segundo relatório do ONS, as chuva foram insuficientes para encher represas do restante do país. Conforme relatório de operação divulgado pelo operador nacional, os reservatórios da região Nordeste estavam com 42,01% da capacidade na quarta-feira (20).
“Certamente as térmicas vão ser necessárias em algumas regiões do país”, avalia Marta, frisando que elas dão segurança ao sistema interligado. O economista ressalta que mesmo funcionando como um tipo de “seguro”, a Térmica de Cuiabá não é suficiente para atender toda a Capital. Nem menos a usina de Manso é uma opção porque possui metade (212 MW) da capacidade da termelétrica. “Ela tem problemas por conta do processo de construção. Manso não tem água suficiente para atingir a capacidade má- xima de geração”. O especialista afirma que a forma como foi construída a estrutura de represamento é uma das dificuldades.
Térmicas - A termelétrica Mário Covas está operando ininterruptamente desde 24 de agosto de 2012. De lá pra cá houve redução na carga em determinadas datas em razão de manutenções programadas e até mesmo um corte inesperado no abastecimento de energia registrado em Mato Grosso e outros estados. Segundo o ONS, atualmente a Térmica de Cuiabá contribui com 3,25% da energia gerada pelas termelétricas do país, que respondem por 19,85% do SIN.
Manso - De acordo com Furnas, conforme determinação do ONS, a hidrelétrica está gerando 64 MW. O reservatório tem elevação de 285,81 metros, estando a 1,19 m abaixo do nível máximo.
Fonte:
Gazeta
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