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Britânicos vendem seus órgãos para pagar dívidas
Muitos britânicos endividados passaram a vender órgãos ou partes deles na Internet para pagar seus débitos ou financiar algum negócio, informou nesta segunda-feira o jornal The Sun.
A Grã-Bretanha, como o resto da Europa, proíbe a venda de órgãos, mas um mercado-negro internacional (freqüentemente controlado pelo crime organizado) cresce cada vez mais por causa da falta de doadores.
O jornal britânico acompanhou um copeiro, Umer Maqbool, que anunciou na rede a sua disponibilidade em vender "um rim, parte do fígado e após três meses uma córnea".
Depois de ter visto o anúncio de Umer em um site da Califórnia, o correspondente do The Sun fingiu ser um empresário interessado na compra. "Estou pronto para fechar o negócio hoje, os três órgãos por 100 mil libras (em torno de R$ 414 mil)", disse o homem depois de marcar um encontro em um hotel de Londres.
No fim da negociação, foram estabelecidos os preços das partes: 30 mil euros por uma córnea, o mesmo valor por um pedaço de fígado e 75 mil pelo rim, explica o jornal, citado pela agência italiana Ansa.
Muitos vendedores de órgãos que estão no site provêm de países pobres - como Filipinas, Togo ou Bangladesh - mas é crescente o número de pessoas provenientes de países como Grã-Bretanha, Estados Unidos, Austrália e França.
Os motivos são diversos: desde pessoas fortemente endividadas, até aquelas que querem pagar estudo universitário para o filho. Este é o caso de Tessy, do Illinois: "preciso manter meus filhos na universidade, mas está acima de minhas posses. Estou disposta a doar qualquer coisa", escreveu.
O anúncio de Umer, nascido no Paquistão, parecia o de alguém que quer vender um carro ou uma coleção de revistas: "Rim à venda. Homem, sangue tipo O, boa saúde. O comprador deve pagar as despesas para a viagem, o transplante e os custos médicos, além do rim. O contrato deve estar escrito em inglês. Custo total 90 mil libras, mais 10 mil para as despesas médicas e viagens".
O jornalista negociou inicialmente via e-mail, depois pessoalmente; e após negociar o preço afirmando que o seu irmão precisava de um rim, acrescentou que ele também estava interessado em outros órgãos. Dias depois avisou Umer (que já tinha entrado em contato com um cirurgião em Lahore) sobre o cancelamento do negócio.
"Quero o dinheiro para construir uma casa no Paquistão para a minha família, abrir uma loja ou qualquer coisa do gênero", disse Umer para explicar porquê pôs seus órgãos à venda.
A Grã-Bretanha, como o resto da Europa, proíbe a venda de órgãos, mas um mercado-negro internacional (freqüentemente controlado pelo crime organizado) cresce cada vez mais por causa da falta de doadores.
O jornal britânico acompanhou um copeiro, Umer Maqbool, que anunciou na rede a sua disponibilidade em vender "um rim, parte do fígado e após três meses uma córnea".
Depois de ter visto o anúncio de Umer em um site da Califórnia, o correspondente do The Sun fingiu ser um empresário interessado na compra. "Estou pronto para fechar o negócio hoje, os três órgãos por 100 mil libras (em torno de R$ 414 mil)", disse o homem depois de marcar um encontro em um hotel de Londres.
No fim da negociação, foram estabelecidos os preços das partes: 30 mil euros por uma córnea, o mesmo valor por um pedaço de fígado e 75 mil pelo rim, explica o jornal, citado pela agência italiana Ansa.
Muitos vendedores de órgãos que estão no site provêm de países pobres - como Filipinas, Togo ou Bangladesh - mas é crescente o número de pessoas provenientes de países como Grã-Bretanha, Estados Unidos, Austrália e França.
Os motivos são diversos: desde pessoas fortemente endividadas, até aquelas que querem pagar estudo universitário para o filho. Este é o caso de Tessy, do Illinois: "preciso manter meus filhos na universidade, mas está acima de minhas posses. Estou disposta a doar qualquer coisa", escreveu.
O anúncio de Umer, nascido no Paquistão, parecia o de alguém que quer vender um carro ou uma coleção de revistas: "Rim à venda. Homem, sangue tipo O, boa saúde. O comprador deve pagar as despesas para a viagem, o transplante e os custos médicos, além do rim. O contrato deve estar escrito em inglês. Custo total 90 mil libras, mais 10 mil para as despesas médicas e viagens".
O jornalista negociou inicialmente via e-mail, depois pessoalmente; e após negociar o preço afirmando que o seu irmão precisava de um rim, acrescentou que ele também estava interessado em outros órgãos. Dias depois avisou Umer (que já tinha entrado em contato com um cirurgião em Lahore) sobre o cancelamento do negócio.
"Quero o dinheiro para construir uma casa no Paquistão para a minha família, abrir uma loja ou qualquer coisa do gênero", disse Umer para explicar porquê pôs seus órgãos à venda.
Fonte:
Terra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/249803/visualizar/
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