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Cidades/Geral
Segunda - 08 de Janeiro de 2007 às 16:16

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Desde hoje, logo cedo, a Secretaria Municipal de Infra-estrutura, depois das ações emergenciais durante o transbordamento de águas que afetou o Bairro São Matheus na madrugada de sábado, vem realizando tanto o desassoreamento do córrego do Gambá quanto o nivelamento de áreas propícias à formação de "bacias" (locais de acúmulo de água das chuvas).

Cléver Costa Leite, diretor de serviços urbanos, que adotou as providências iniciais, concentra a equipe de limpeza na desobstrução do leito do córrego removendo utensílios domésticos inservíveis, geladeiras e fogões descartados no leito do córrego e todo o material plástico que contribuiu para o represamento das águas.

O diretor de serviços urbanos, que há tempos vinha coordenando uma série de ações preventivas em operação conjunta com a Defesa Civil, disse que "o maior problema que a Secretaria enfrenta, hoje, é o descarte irregular do lixo doméstico; os córregos que cortam a cidade são, ainda, infelizmente, utilizados para o lançamento de lixo e outros entulhos por parte, principalmente, dos moradores do entorno e aqueles que construíram em áreas de preservação permanente ou de risco".

Cléver Costa Leite cita como exemplo, a remoção de famílias que ocupavam irregularmente as margens do Rio Coxipó – ainda não totalmente concluída pela resistência de moradores em se mudarem para outros bairros em casas oferecidas pela Prefeitura – uma das áreas mais perigosas e críticas pelo caudal de águas durante a estação chuvosa. "Começamos por aqui (Coxipó) pois a velocidade das águas poderia, sim, provocar situações de fatalidade que, felizmente, não aconteceram como se pode ver pelo noticiário que aborda outras cidades do país".

O diretor de serviços urbanos reconhece, no entanto, que é difícil em pouco tempo mudar uma cultura de invasão, estribada em interesses políticos, que durante longos anos fez vistas grossas a esse tipo de ocupação e até a incentivou; "hoje", reforça, "com o Estatuto das Cidades, a vedação legal de canalização de córregos e a obrigatoriedade de afastamento, ao menos, de 30 metros das margens de cursos dágua que transpõem o perímetro urbano, além das áreas de preservação ambiental e à medida em que as ações do poder público forem cada vez mais incisivas, seja proibindo a ocupação ou pela oferta de moradias, pode-se ir revertendo essa "cultura de invasão" e dando melhor disposição aos espaços urbanos" e, arrematou, "já começamos esse trabalho; o importante é a manutenção desse direcionamento nas ações futuras. É a única forma de evitarmos, inclusive, tragédias como as que se vê em outros centros urbanos".





Fonte: Gazeta Digital

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