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Internacional
Domingo - 07 de Janeiro de 2007 às 01:37

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O Governo indiano enviou hoje uma equipe de alto nível a Assam (nordeste) para avaliar a situação após a onda de violência separatista que deixou 49 mortos desde a sexta-feira, em meio a protestos pela falta de segurança na região, informou a emissora de televisão "NDTV".

A delegação governamental, liderada pelo ministro de Estado para o Interior, Sriprakash Jaiswal, visitará os familiares das vítimas e se reunirá com as autoridades das zonas afetadas para analisar a situação após os ataques, atribuídos ao independentista Frente para a libertação de Assam (Ulfa).

"Parece que o Ulfa está por trás dos ataques. Falaremos com o Governo de Assam e depois tomaremos uma decisão", afirmou Jaiswal à "NDTV".

Entre a sexta-feira e o sábado, supostos membros do Ulfa mataram com tiros quase 48 pessoas, em sua grande maioria procedentes do estado de Bihar, em ataques aparentemente dirigidos contra os imigrantes que, segundo o grupo separatista, devem procurar suas próprias regiões dentro de Assam.

A violência prosseguiu na noite do sábado, quando outra pessoa foi morte a tiros por supostos seguidores do Ulfa no distrito de Tinsujia, um dos mais atingidos pela violência e cujas autoridades declararam o toque de recolher.

Neste distrito, grupos de manifestantes saíram hoje às ruas para reivindicar maior segurança e chegaram a bloquear uma das estradas da zona com os corpos de algumas das vítimas, segundo a "NDTV".

O massacre de Assam foi condenado pelos principais líderes políticos e sociais do país, incluindo o presidente, Abdul Kalam, que ontem à noite deplorou o "desumano" assassinato de civis inocentes.

De forma paralela à violência do Ulfa, outro dos grupos separatistas que atuam na região, o Karbi Longri North Cachar Liberation Front (KNCLF), matou ontem oito pessoas que transportavam as urnas com as cédulas das eleições locais realizadas nesse dia, informou hoje a "NDTV".

Os independentistas explodiram duas minas durante a passagem do veículo no qual viajava a equipe eleitoral, que também foi baleado, segundo o canal.

No nordeste da Índia atuam cerca de 25 organizações armadas, a principal delas o Ulfa, que querem a independência ou uma ampla autonomia para seus territórios.





Fonte: EFE

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