Ex-paramilitares voltam a ser detidos na Colômbia

Desde agosto de 2002, 968 ex-paramilitares da organização Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC) foram detidos por terem retomado as armas ou cometido crimes, informaram hoje em Bogotá as autoridades policiais.

Os detidos faziam parte do grupo de 35.213 membros das AUC desmobilizado nos últimos quatro anos e quatro meses, sob o mandato do presidente Álvaro Uribe. Num relatório sobre o acompanhamento dos desmobilizados, a Polícia Nacional informou que em 153 casos de detenções os ex-paramilitares se alistaram em "grupos emergentes", surgidos após a desarticulação das AUC.

Outros 644 novos ultradireitistas foram detidos, acrescentou a fonte, e 126 morreram nas operações.

A Polícia acrescentou que 7.738 guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), do Exército de Libertação Nacional (ELN) e do pequeno Exército Revolucionário Guevarista (ERG) também abandonaram as armas de agosto de 2002 até 31 de dezembro.

Já são 42.951 os insurgentes e paramilitares desmobilizados nos quatro anos do primeiro Governo de Uribe, que em agosto começou o novo mandato, depois de reeleito em maio de 2006.