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Lula avisou aliados que não interfere na disputa da Câmara
O Palácio do Planalto já comunicou aos presidentes dos partidos aliados que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu não interferir na escolha do candidato da base à presidência da Câmara dos Deputados.
Segundo relato feito à Agência Estado por um interlocutor de Lula nas negociações sobre a sucessão na Câmara, o presidente, sentindo-se impedido de escolher entre o amigo e atual presidente, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), e o líder do governo na Casa, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), devolveu aos partidos aliados a responsabilidade pela definição do candidato.
Segundo o interlocutor de Lula, ele ordenou na noite da última quinta-feira que assessores comunicassem sua decisão aos presidentes dos partidos porque quer encontrar esse assunto resolvido quanto retornar, daqui a dez dias, do período de descanso que inicia nesta sexta-feira em viagem ao Guarujá.
Os presidentes e líderes das bancadas dos partidos aliados - PMDB, PT, PL, PTB, PC do B, PSB e PP - marcaram para a próxima segunda-feira uma reunião em Brasília na qual tentarão chegar a um candidato de consenso. ´Irreversível´
Nesta sexta-feira, depois de uma hora e meia de reunião, Aldo e Chinaglia, os dois adversários na disputa pela presidência da Câmara chegaram à conclusão de que os apoios partidários que já obtiveram tornaram as duas candidaturas "irreversíveis", segundo informação do atual presidente da Casa.
A manutenção das duas candidaturas contraria as intenções do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que aposta em candidato único da base aliada na disputa. Na tentativa de evitar mais uma derrota para o governo e conseguir um consenso entre os dois candidatos, Lula deve oferecer um ministério em seu segundo mandato para aquele que desistir.
A preocupação do presidente é evitar o que aconteceu em 2005, quando o PT lançou dois candidatos ao cargo - Luiz Eduardo Greenhalgh e Virgílio Guimarães - e ambos perderam para Severino Cavalcanti (PP-PE). A eleição que definirá a sucessão na Casa está marcada para o dia 1º de fevereiro.
Candidatura alternativa
Um grupo de deputados decidiu lançar um candidato alternativo à presidência da Câmara. O nome será definido em uma reunião marcada para a próxima segunda-feira, em São Paulo.
Entre os cotados figuram Fernando Gabeira (PV-RJ), Raul Jungmann (PPS-PE), Luiza Erundina (PSB-SP) e Carlos Sampaio (PSDB-SP). Apóiam a iniciativa parlamentares do PMDB, PSDB, PPS, PSB, PSOL e PV, além dos petistas Walter Pinheiro (BA) e José Eduardo Martins Cardozo (SP).
Gabeira mostrou entusiasmo e já afirmou que poderá ser o candidato do grupo alternativo, caso não haja outra saída: "Na pior das hipóteses, o candidato serei eu. Na melhor, alguém que tenha condição de atrair mais votos e mais gente para nosso movimento".
Gabeira lembrou que o grupo ainda é pequeno, mas poderá crescer, pois a Câmara teve um índice de renovação de 44% nas últimas eleições: "Vamos buscar forças lá".
Segundo relato feito à Agência Estado por um interlocutor de Lula nas negociações sobre a sucessão na Câmara, o presidente, sentindo-se impedido de escolher entre o amigo e atual presidente, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), e o líder do governo na Casa, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), devolveu aos partidos aliados a responsabilidade pela definição do candidato.
Segundo o interlocutor de Lula, ele ordenou na noite da última quinta-feira que assessores comunicassem sua decisão aos presidentes dos partidos porque quer encontrar esse assunto resolvido quanto retornar, daqui a dez dias, do período de descanso que inicia nesta sexta-feira em viagem ao Guarujá.
Os presidentes e líderes das bancadas dos partidos aliados - PMDB, PT, PL, PTB, PC do B, PSB e PP - marcaram para a próxima segunda-feira uma reunião em Brasília na qual tentarão chegar a um candidato de consenso. ´Irreversível´
Nesta sexta-feira, depois de uma hora e meia de reunião, Aldo e Chinaglia, os dois adversários na disputa pela presidência da Câmara chegaram à conclusão de que os apoios partidários que já obtiveram tornaram as duas candidaturas "irreversíveis", segundo informação do atual presidente da Casa.
A manutenção das duas candidaturas contraria as intenções do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que aposta em candidato único da base aliada na disputa. Na tentativa de evitar mais uma derrota para o governo e conseguir um consenso entre os dois candidatos, Lula deve oferecer um ministério em seu segundo mandato para aquele que desistir.
A preocupação do presidente é evitar o que aconteceu em 2005, quando o PT lançou dois candidatos ao cargo - Luiz Eduardo Greenhalgh e Virgílio Guimarães - e ambos perderam para Severino Cavalcanti (PP-PE). A eleição que definirá a sucessão na Casa está marcada para o dia 1º de fevereiro.
Candidatura alternativa
Um grupo de deputados decidiu lançar um candidato alternativo à presidência da Câmara. O nome será definido em uma reunião marcada para a próxima segunda-feira, em São Paulo.
Entre os cotados figuram Fernando Gabeira (PV-RJ), Raul Jungmann (PPS-PE), Luiza Erundina (PSB-SP) e Carlos Sampaio (PSDB-SP). Apóiam a iniciativa parlamentares do PMDB, PSDB, PPS, PSB, PSOL e PV, além dos petistas Walter Pinheiro (BA) e José Eduardo Martins Cardozo (SP).
Gabeira mostrou entusiasmo e já afirmou que poderá ser o candidato do grupo alternativo, caso não haja outra saída: "Na pior das hipóteses, o candidato serei eu. Na melhor, alguém que tenha condição de atrair mais votos e mais gente para nosso movimento".
Gabeira lembrou que o grupo ainda é pequeno, mas poderá crescer, pois a Câmara teve um índice de renovação de 44% nas últimas eleições: "Vamos buscar forças lá".
Fonte:
Estadão
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/250372/visualizar/
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