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Internacional
Sexta - 05 de Janeiro de 2007 às 01:35

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LONDRES - Mais de 200 milhões de crianças com menos 5 anos, em todo o mundo, não realizam seu potencial de desenvolvimento cognitivo por causa da pobreza, da saúde ruim e de cuidados inadequados, mostra o primeiro artigo de uma série de três lançada, nesta semana, pela revista médica britânica The Lancet.

A série mostrará que a maioria dessas crianças - 89 milhões - vive no sul da Ásia e que dez países - Índia, China, Bagladesh, Etiópia, Indonésia, Paquistão, República Democrática do Congo, Uganda e Tanzânia - contam com 145 milhões, ou 66%, dos 219 milhões de crianças desamparadas do mundo.

"Essas crianças desamparadas provavelmente se sairão mal na escola e depois terão renda baixa, alta fertilidade e cuidarão mal de seus filhos, dessa forma contribuindo para a transmissão da pobreza entre as gerações", disse uma das autoras da série, Sally Grantham-McGregor.

No segundo artigo da série, os pesquisadores identificam as principais causas do mau desenvolvimento infantil, como a falta de ferro ou iodo, além de estimulação inadequada da inteligência, das emoções e da competência social. Outros fatores de risco são depressão da mãe, exposição ao chumbo ou arsênico e doenças infecciosas, como malária ou aids.

Intervenções para combater essas causas podem reduzir o fardo do desenvolvimento inadequado das crianças, dizem os autores do terceiro e último artigo da série. Estudos mostram, por exemplo, que estimular as crianças por meio de programas que envolvem brincadeiras, e melhorar o ambiente doméstico, instruindo os pais, são medidas que podem ter um efeito duradouro na inteligência e no sucesso escolar.





Fonte: Agência Estado

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