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Como escolher a escola mais indicada a seu filho
Qualquer pai que já enfrentou a árdua tarefa de escolher a escola para seu filho conhece a dificuldade de conciliar as mais diversas propostas pedagógicas oferecidas com os anseios e necessidades do aluno. A situação se torna mais delicada quando a criança já passou pelo ensino infantil e vai começar a segunda etapa escolar, no início da adolescência - uma fase da vida que, por si só, já é complicada.
Buscar a maior quantidade de informações possível (segurança, professores, grade de aulas, qualidade dos alimentos da cantina, localização, etc.) é o primeiro passo para a tomada dessa importante decisão.
É importante e aconselhável também dar preferência a escolas próximas de casa para evitar transtornos com o trânsito e pesquisar as opções do bairro antes de escolher um local distante. Mas atenção: esse não deve ser o critério o mais importante na hora da escolha.
“Antes de qualquer coisa, a escola precisa ter o perfil da família, seguir os mesmos valores”, aconselha Dirce Moretti, coordenadora do Ensino Fundamental II - 5ª a 8ª série - do Colégio Santo Américo, localizado no bairro do Morumbi, Zona Sul da Capital.
Uma dica, segundo ela, é considerar a escola onde os filhos dos amigos estudam. “A questão socioeconômica também pesa, porque está diretamente relacionada ao entrosamento da criança com os colegas.” Dirce também recomenda que os pais conheçam o estabelecimento de ensino no período de aulas. “Por isso, o ideal é que a família inicie a pesquisa com antecedência e saiba detalhes sobre os métodos de aula e avaliação adotados pelos professores, o tempo em que a instituição atua no mercado, a carga horária e a oferta de cursos extracurriculares.”
Questão moral
Fabio Bezerra de Brito, diretor da Escola de Aplicação da Universidade de São Paulo (USP), compartilha da opinião de Dirce quando se trata da visão moral da família. “Não adianta ter uma visão liberal ou neo hippie e colocar a criança em uma instituição com ensino religioso e conservadora.” O fundamental, de acordo com o professor, é perguntar sobre a questão de namoro na escola, uma vez que, nesse período, meninos e meninas começam a ter relacionamentos. “A mãe também deve fazer uma caminhada no pátio da escola e observar como se comportam alunos e até os funcionários do estabelecimento”, disse Bezerra.
De acordo com Julio Groppa Aquino, professor da faculdade de educação da USP, o objetivo da escola deve ser preparar o aluno para a vida, e não para o mercado de trabalho. “Escolas preocupadas excessivamente e somente com o conteúdo acabam estressando a criança com excesso de informação e tarefas só para que o pai sinta que o filho está pronto para o mercado de trabalho”, avalia.
Outro ponto importante, na opinião do especialista, é saber como a escola lida com temas polêmicos como sexualidade, alcoolismo, diversidade étnica.
DICAS PARA FAZER A MELHOR ESCOLHA
CURSOS EXTRAS são positivos, mas a carga horária não deve ser excessiva
NÃO IMPONHA a escola ao adolescente. A opinião do aluno é muito importante
VEJA se o projeto educativo tem a ver com o perfil do aluno. Uma escola de disciplina muito rígida, por exemplo, não é recomendável a um aluno que conversar muito
NÃO se influencie apenas pelo nome e “grife”da escola
Conheça as linhas pedagógicas
Veja as diferenças entre as linhas pedagógicas mais comuns nas escolas brasileiras:
Tradicional - desenvolvida a partir do Iluminismo, o objetivo é universalizar o acesso ao conhecimento. Prega que não há como formar um aluno crítico e questionador sem base sólida de informação.
Construtivista - desenvolvida por Jean Piaget, ensina que o conhecimento resulta da interação de uma inteligência sensório-motora com o ambiente. A criança aprende espontaneamente, organizando os dados do exterior a partir dos quais vai construindo seu conhecimento; não é “moldada” pelo professor.
Montessoriana - desenvolvida por Maria Montessori, a teoria do desenvolvimento infantil parte do pressuposto de que a criança é dotada de infinitas potencialidades e deve ser incentivada a desenvolver um senso de responsabilidade pelo aprendizado.Ensino deve ser ativo.
Waldorf - criada por Rudolf Steiner, baseia-se em três eixos de desenvolvimento: físico, social e individual. A proposta é baseada no movimento da criança e na atividade motora. É contra o uso da televisão e de brinquedos industrializados.
Buscar a maior quantidade de informações possível (segurança, professores, grade de aulas, qualidade dos alimentos da cantina, localização, etc.) é o primeiro passo para a tomada dessa importante decisão.
É importante e aconselhável também dar preferência a escolas próximas de casa para evitar transtornos com o trânsito e pesquisar as opções do bairro antes de escolher um local distante. Mas atenção: esse não deve ser o critério o mais importante na hora da escolha.
“Antes de qualquer coisa, a escola precisa ter o perfil da família, seguir os mesmos valores”, aconselha Dirce Moretti, coordenadora do Ensino Fundamental II - 5ª a 8ª série - do Colégio Santo Américo, localizado no bairro do Morumbi, Zona Sul da Capital.
Uma dica, segundo ela, é considerar a escola onde os filhos dos amigos estudam. “A questão socioeconômica também pesa, porque está diretamente relacionada ao entrosamento da criança com os colegas.” Dirce também recomenda que os pais conheçam o estabelecimento de ensino no período de aulas. “Por isso, o ideal é que a família inicie a pesquisa com antecedência e saiba detalhes sobre os métodos de aula e avaliação adotados pelos professores, o tempo em que a instituição atua no mercado, a carga horária e a oferta de cursos extracurriculares.”
Questão moral
Fabio Bezerra de Brito, diretor da Escola de Aplicação da Universidade de São Paulo (USP), compartilha da opinião de Dirce quando se trata da visão moral da família. “Não adianta ter uma visão liberal ou neo hippie e colocar a criança em uma instituição com ensino religioso e conservadora.” O fundamental, de acordo com o professor, é perguntar sobre a questão de namoro na escola, uma vez que, nesse período, meninos e meninas começam a ter relacionamentos. “A mãe também deve fazer uma caminhada no pátio da escola e observar como se comportam alunos e até os funcionários do estabelecimento”, disse Bezerra.
De acordo com Julio Groppa Aquino, professor da faculdade de educação da USP, o objetivo da escola deve ser preparar o aluno para a vida, e não para o mercado de trabalho. “Escolas preocupadas excessivamente e somente com o conteúdo acabam estressando a criança com excesso de informação e tarefas só para que o pai sinta que o filho está pronto para o mercado de trabalho”, avalia.
Outro ponto importante, na opinião do especialista, é saber como a escola lida com temas polêmicos como sexualidade, alcoolismo, diversidade étnica.
DICAS PARA FAZER A MELHOR ESCOLHA
CURSOS EXTRAS são positivos, mas a carga horária não deve ser excessiva
NÃO IMPONHA a escola ao adolescente. A opinião do aluno é muito importante
VEJA se o projeto educativo tem a ver com o perfil do aluno. Uma escola de disciplina muito rígida, por exemplo, não é recomendável a um aluno que conversar muito
NÃO se influencie apenas pelo nome e “grife”da escola
Conheça as linhas pedagógicas
Veja as diferenças entre as linhas pedagógicas mais comuns nas escolas brasileiras:
Tradicional - desenvolvida a partir do Iluminismo, o objetivo é universalizar o acesso ao conhecimento. Prega que não há como formar um aluno crítico e questionador sem base sólida de informação.
Construtivista - desenvolvida por Jean Piaget, ensina que o conhecimento resulta da interação de uma inteligência sensório-motora com o ambiente. A criança aprende espontaneamente, organizando os dados do exterior a partir dos quais vai construindo seu conhecimento; não é “moldada” pelo professor.
Montessoriana - desenvolvida por Maria Montessori, a teoria do desenvolvimento infantil parte do pressuposto de que a criança é dotada de infinitas potencialidades e deve ser incentivada a desenvolver um senso de responsabilidade pelo aprendizado.Ensino deve ser ativo.
Waldorf - criada por Rudolf Steiner, baseia-se em três eixos de desenvolvimento: físico, social e individual. A proposta é baseada no movimento da criança e na atividade motora. É contra o uso da televisão e de brinquedos industrializados.
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/250584/visualizar/
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