PSOL adere a grupo que defende candidato alternativo na Câmara

O PSOL decidiu se incorporar ao grupo suprapartidário que estuda lançar uma candidatura alternativa à presidência de Câmara para disputar contra os deputados Aldo Rebelo (PC do B-SP), que tenta a reeleição, e Arlindo Chinaglia (PT-SP), que tem o apoio do PT. Em reunião da executiva do partido, nesta quinta-feira, o PSOL traçou um perfil do candidato que pretende apoiar. O esboço será apresentado na reunião do grupo de segunda-feira, em São Paulo.

"O PSOL não respalda nenhuma candidatura governista. Queremos trabalhar um nome alternativo que possa significar a independência da Câmara, que tenha se colocado de forma firme diante dos escândalos de corrupção e se posicionado contra os privilégios de aumento salarial", afirmou a deputada Luciana Genro (PSOL-RS).

A deputada disse que "tem simpatia" pelo nome do deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), mas ressaltou que é só uma posição pessoal e que o partido não discutiu nomes. Para Luciana Genro, a disputa na base aliada favorece uma candidatura alternativa, mas não é isso.

"Na Câmara há um setor que resiste em que a Casa seja um braço do governo e a esse processo de desmoralização a que vem sendo submetida. O número de parlamentares que irá apoiar o nosso candidato vai depender do número de deputados com independência e ética na Casa", disse a parlamentar.

Com a adesão do PSOL, o grupo suprapartidário agora tem representantes de sete partidos. Também integram o grupo o PPS, o PSB, o PMDB, o PV, o PT e o PSDB. O número de deputados que integram o grupo só será contabilizado na segunda-feira.

Senado

O PSOL decidiu ainda que não irá apoiar a candidatura do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) à presidência do Senado. O partido considera que Renan é muito ligado ao governo e não tem condições de garantir a independência dos poderes. Mas, ao contrário do que fará na Câmara, apenas irá votar contra a candidatura dele, sem lançar um nome alternativo. O PSOL tem um senador e três deputados.