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YouTube pode sair do ar no Brasil a qualquer momento
O site de vídeos YouTube pode sair do ar no Brasil a qualquer momento, segundo o advogado Rubens Decoussau Tilkian, que representa os interesses da modelo Daniella Cicarelli e de seu namorado, Renato Malzoni Filho. Nesta quarta-feira (03), o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo determinou por liminar que o YouTube -- a página mais popular de sua categoria -- fique inacessível no Brasil por ter mantido as imagens picantes do casal em uma praia de Cádiz, na Espanha.
Leia o "outro lado" do caso envolvendo Cicarelli e YouTube no blog Bastidores da Redação.
“Não há como eu especificar uma data, mas diversas empresas já estão cumprindo a determinação da Justiça para bloquear o acesso ao YouTube. Ele pode sair do ar hoje, amanhã, a qualquer momento”, disse o advogado ao G1. Tilkian também confirmou que o bloqueio refere-se a todo o site, e não apenas aos vídeos de Cicarelli.
As empresas responsáveis pelo bloqueio, explicou, são aquelas que realizam a conexão de informações entre o Brasil e outros países (e não os provedores de acesso). Como o processo corre em segredo de Justiça, o advogado não pôde revelar as companhias que terão de colocar filtros para impedir que os internautas acessem o YouTube em computadores instalados no país.
“Essa solicitação será difícil de ser cumprida por seu aspecto técnico e também pela discussão que gera. Se todos quiserem retirar do ar informações que lhes desagradem, vamos virar a China [nação famosa por censurar a internet]”, afirmou Antonio Tavares, presidente da Associação Brasileira dos Provedores de Internet (Abranet). “Também não sei se as empresas que realizam conexões internacionais vão acatar pacificamente essa decisão”, continuou.
Procurado pelo G1, o Google -- empresa que comprou o YouTube no ano passado por US$ 1,65 bilhão -- ainda não se manifestou sobre o caso.
Processos A decisão desta quarta-feira, tomada pelo desembargador Ênio Santarelli Zuliani, tem como objetivo punir o Youtube por não respeitar uma determinação anterior da Justiça de excluir as cenas de Cicarelli com seu namorado.
No ano passado, o casal entrou com duas ações na Justiça. Uma delas era indenizatória por danos morais e materiais contra as Organizações Globo de Comunicação, o IG Internet Group do Brasil Ltda e o YouTube Inc., na 25ª Vara Civil de São Paulo. Na outra, o casal pedia que o vídeo fosse retirado do ar. A solicitação foi acatada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo uma semana depois que o escândalo estourou na internet.
Aqueles que não respeitassem a decisão estavam sujeitos a multa diária de R$ 250 mil -- o desembargador Zuliani entendeu que a exposição da intimidade do casal na praia de Cádiz não justificava a veiculação indiscriminada das imagens. O YouTube foi a única empresa que não cumpriu a determinação. Por isso, a Agência Estado afirma que o site deve pagar multa aproximada de R$ 10 milhões.
Na última quinzena de 2006, Tato Malzoni entrou com nova ação. Desta vez, pedia que o YouTube saísse do ar, já que as imagens do casal continuavam disponíveis na página. Uma busca realizada no site no início da tarde desta quinta (04) não trouxe o vídeo. No entanto, muitas vezes o conteúdo fica “escondido” e só pode ser encontrado com termos nada óbvios (que excluam as palavras praia e Cicarelli, por exemplo).
Leia o "outro lado" do caso envolvendo Cicarelli e YouTube no blog Bastidores da Redação.
“Não há como eu especificar uma data, mas diversas empresas já estão cumprindo a determinação da Justiça para bloquear o acesso ao YouTube. Ele pode sair do ar hoje, amanhã, a qualquer momento”, disse o advogado ao G1. Tilkian também confirmou que o bloqueio refere-se a todo o site, e não apenas aos vídeos de Cicarelli.
As empresas responsáveis pelo bloqueio, explicou, são aquelas que realizam a conexão de informações entre o Brasil e outros países (e não os provedores de acesso). Como o processo corre em segredo de Justiça, o advogado não pôde revelar as companhias que terão de colocar filtros para impedir que os internautas acessem o YouTube em computadores instalados no país.
“Essa solicitação será difícil de ser cumprida por seu aspecto técnico e também pela discussão que gera. Se todos quiserem retirar do ar informações que lhes desagradem, vamos virar a China [nação famosa por censurar a internet]”, afirmou Antonio Tavares, presidente da Associação Brasileira dos Provedores de Internet (Abranet). “Também não sei se as empresas que realizam conexões internacionais vão acatar pacificamente essa decisão”, continuou.
Procurado pelo G1, o Google -- empresa que comprou o YouTube no ano passado por US$ 1,65 bilhão -- ainda não se manifestou sobre o caso.
Processos A decisão desta quarta-feira, tomada pelo desembargador Ênio Santarelli Zuliani, tem como objetivo punir o Youtube por não respeitar uma determinação anterior da Justiça de excluir as cenas de Cicarelli com seu namorado.
No ano passado, o casal entrou com duas ações na Justiça. Uma delas era indenizatória por danos morais e materiais contra as Organizações Globo de Comunicação, o IG Internet Group do Brasil Ltda e o YouTube Inc., na 25ª Vara Civil de São Paulo. Na outra, o casal pedia que o vídeo fosse retirado do ar. A solicitação foi acatada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo uma semana depois que o escândalo estourou na internet.
Aqueles que não respeitassem a decisão estavam sujeitos a multa diária de R$ 250 mil -- o desembargador Zuliani entendeu que a exposição da intimidade do casal na praia de Cádiz não justificava a veiculação indiscriminada das imagens. O YouTube foi a única empresa que não cumpriu a determinação. Por isso, a Agência Estado afirma que o site deve pagar multa aproximada de R$ 10 milhões.
Na última quinzena de 2006, Tato Malzoni entrou com nova ação. Desta vez, pedia que o YouTube saísse do ar, já que as imagens do casal continuavam disponíveis na página. Uma busca realizada no site no início da tarde desta quinta (04) não trouxe o vídeo. No entanto, muitas vezes o conteúdo fica “escondido” e só pode ser encontrado com termos nada óbvios (que excluam as palavras praia e Cicarelli, por exemplo).
Fonte:
AE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/250675/visualizar/
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