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Saúde
Quarta - 03 de Janeiro de 2007 às 09:55

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Esperar a Secretaria de Estado da Saúde ou a boa vontade de alguém. Essa é a realidade do médico Fernando Gomes de Mello, de 65 anos. Desde 2001 ele luta contra um câncer de pulmão e desde 12 de dezembro aguarda uma definição da secretaria para receber o medicamento Avastin, que não é padronizado pelo Ministério da Saúde - portanto não pode ser regularmente fornecido.

A Justiça concedeu uma liminar exigindo que o Estado de São Paulo providencie a compra. A Secretaria de Saúde informou que iniciou o processo, mas a importação de medicamentos, seguindo os trâmites legais, leva pelo menos 60 dias. “É estranha essa posição, pois ele não agüenta esse tempo”, diz Ivo Galli, advogado de Mello.

Após o Estado de S. Paulo mostrar sua situação, no sábado, 30 de dezembro, uma pessoa (que prefere não se identificar) doou a próxima dose do medicamento para Mello. Essa será apenas a sexta, de 24 aplicações que podem custar mais de R$ 10 mil, cada. As outras aplicações também foram doadas.

Enquanto espera, Mello precisará novamente do remédio, antes do final dos 60 dias. “Esse prazo pode significar a perda da eficiência do medicamento”, disse o paciente ao Estado.

No Brasil, o medicamento já foi aprovado para o tratamento do câncer colo-retal pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ele impede a formação de vasos sanguíneos ao redor do tumor, impedindo que ele se alimente. “Em casos de câncer colo-retal, junto com a quimioterapia, existem evidências sólidas de que ela aumenta a expectativa de vida dos pacientes”, diz o oncologista Agnaldo Anelli. Nos EUA a droga também é aprovada para o tratamento de câncer de pulmão.





Fonte: AE

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