IPCA registra inflação de 3,11% em 2006

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que serve de parâmetro para as metas oficiais de inflação, ficou em 3,11% no ano passado, de acordo com as previsões médias de uma centena de analistas de mercado, consultados pelo Banco Central, na última sexta-feira (29), e divulgadas nesta terça-feira no boletim Focus.

Mas, o número final do IPCA de 2006 só será conhecido no próximo dia 12, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) fechar as pesquisas relativas a dezembro em todo o país. Estimativa dos especialistas de mercado indica que a inflação do mês passado ficou em torno de 0,45%, devendo ceder para 0,40% em janeiro.

É a primeira vez que a inflação anual fecha abaixo da meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que era de 4,5% para 2006 e para 2007. E, de acordo com cálculos dos economistas da iniciativa privada, o IPCA deste ano que se inicia também ficará abaixo da meta, e o boletim Focus aposta em 4%.

A inflação no varejo, em 2006, foi menor em São Paulo, onde o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (Fipe) estima que os reajustes acumulados de preços ficaram em 2,46%. O número final deve ser anunciado ainda esta semana.

A inflação mais alta no ano, em torno de 4,22%, foi registrada no segmento de preços administrados por contrato, ou monitorados, e que envolve os combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, educação, água, saneamento, transporte urbano e outros. Esses preços representam quase um terço na composição do IPCA, e devem aumentar cerca de 4% neste ano, segundo cálculos do boletim Focus.

O comportamento de preços no atacado (principalmente na indústria) foi mais alto que no varejo. Dos dois índices de aferição da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) fechou o ano de 2006 em 3,88%, e o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) está estimado em 3,89%.