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Tecnologia
Segunda - 01 de Janeiro de 2007 às 18:45

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Enquanto no Vale do Silício ainda se degusta o mel do fenônemo conhecido como Web 2.0 ou "web social", muitos já se preparam para a decolagem, a partir de 2007, da geração seguinte: a Web 3.0 ou "web semântica", como diz o criador da World Wide Web, Tim Berners-Lee.

Web: mudanças em 2007 virão do usuário Não há dúvida de que 2006 foi o ano da Web 2.0, ou "web social", o que é atestado pelo sucesso de sites como YouTube, Orkut, LinkedIn e FaceBook. Também foi o ano em que a tecnologia social, como os blogs e os wikis, se estendeu como rastilho de pólvora. Mas a idéia de que a próxima geração da Internet está logo ali dobrando a esquina toma mais e mais força, principalmente depois que o influente jornal New York Times dedicou ao assunto um amplo espaço em sua capa.

O objetivo da "Web semântica", o termo favorito do criador da World Wide Web Tim Berners-Lee, é acrescentar significado a rede, de maneira que, em lugar de um mero catálogo, ela se converta em um guia "inteligente", com sites capazes de trocar informação sobre seus conteúdos. Berners-Lee fala de uma rede de aplicações e informação conectadas entre si, algo como uma base de dados global.

Este sistema poderia atuar como conselheiro pessoal em áreas tão diversas como o turismo - oferecendo pacotes na medida certa, em vez de uma torrente de páginas de agências de viagens e destinos - ou planejamento financeiro, com recomendações concretas dependendo da idade ou do estado civil do usuário.

Seguindo o exemplo proposto no New York Times, esta nova geração da Internet será capaz de dar respostas, comose fosse um agente de viagens, a uma busca tão complexa como "estou procurando um lugar de clima ameno, disponho de US$ 3 mil e tenho um filho de 11 anos". Um sistema como esse, claro, se tornaria instantaneamente mais valioso, comercialmente, do que os meios de busca de hoje, que apresentam resultados de milhares de documentos e normalmente são incapazes de responder a perguntas tão concretas.

Como escreve Nicholas Carr em seu blog, a Web 3.0 "tornará obsoletos os buscadores de hoje". Dito de outra maneira, e seguindo com o exemplo da viagem de férias, enquanto as recomendações de viagem de hoje forçam o internauta a navegar entre longas listas de comentários ou obervações, o sistema da Web 3.0 se encarregaria de estabelecer valorações, classificá-las e, por dedução, oferecer o hotel adequado para aquele usuário em particular.

Mas quando chegará esta Web "sabetudo"? Esta é a pergunta que vale um milhão. O blog OnlineSpin destaca que faltam, entre outras coisas, um software de reconhecimento de imagens para vídeo, junto com reconhecimento de voz aplicado ao vídeo. George Jones, do Information Week, acredita que somente é possível predizer um coisa: a julgar pelo desenvolvimento impressionante da Internet nos últimos 15 anos, é impossível prever que forma terá daqui a outros 15 anos.

Quanto aos protagonistas desta nova revolução, o OnlineSpin tem uma visão bem clara: as pequenas companhias serão os "googles" da Web 3.0, já que a gigante da Internet cada vez se parece mais com as grandes multinacionais das quais sempre quis se diferenciar.





Fonte: Terra

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