Bandidos retomam ataques no Rio de Janeiro

Mais um ataque promovido por bandidos foi registrado na tarde deste sábado no Rio de Janeiro. Uma viatura do Batalhão de Policiamento de Trânsito foi metralhada por volta das 15h30 na Rua do Riachuelo, centro da cidade.

Segundo testemunhas, os policiais trocaram tiros com os bandidos. Ainda não há informações sobre feridos.

Pelo menos três ataque já haviam sido registrados hoje. Duas delegacias e um carro foram os alvos.

Na Baixada Fluminense, homens armados invadiram a 48º DP, em Seropédica, e roubaram todo o armamento da unidade na manhã deste sábado - uma pistola, quatro fuzis e quatro metralhadoras. O único policial de plantão foi rendido pelos bandidos, mas não ficou ferido.

Na zona oeste da capital, outra delegacia foi atacada. Durante a madrugada, traficantes passaram em dois carros atirando contra a 34º DP. Os policiais reagiram e houve intenso tiroteio. O confronto deixou um morador de rua ferido.

E na zona portuária da cidade, um carro foi incendiado na pista lateral da avenida Brasil, sentido zona oeste, na altura do Caju. Testemunhas contaram à reportagem do Terra que um homem bateu o veículo contra um poste, ateou fogo e fugiu.

Ataque frustrado Na madrugada de hoje, nas imediações da Favela Nova Holanda, no Complexo da Maré, zona norte do Rio, policiais militares conseguiram evitar outro atentado contra ônibus ao flagrarem homens com quatro granadas de fabricação caseira, um rádio transmissor e dois litros de gasolina. Os suspeitos conseguiram fugir.

Na sexta-feira, houve cinco incidentes na região metropolitana. Os dois últimos foram registrados à noite, quando criminosos incendiaram dois veículos. Um coletivo da Viação Glória foi cercado na estrada Abílio Augusto Távora, no bairro Dom Bosco, no município de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Já na capital, um carro de passeio foi atacado na estrada do Dendê, na Ilha do Governador, na zona norte. Nos dois casos, ninguém ficou ferido.

Onda de violência Na quinta-feira, bandidos iniciaram a onda de violência. Os alvos foram ônibus, viaturas e bases da polícia, além de delegacias. Os ataques teriam sido orquestrados por facções criminosas e seriam uma represália contra a ação de milícias do "Comando Azul", formadas por policiais que cobram dinheiro da população de favelas para fornecer "segurança".

Autoridades oficiais estiveram divididas sobre o que poderia ter disparado a violência, com alguns apontando chefes do tráfico encarcerados descontentes com as mudanças que ocorreriam no sistema penitenciário após a posse do novo governador, no dia 1o de janeiro. Outras citaram tensões entre facções criminosas e grupos de extermínio da própria polícia em algumas favelas.