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Enforcamento de Saddam gera controvérsia sobre pena de morte
Para ativistas contra a pena de morte, a execução de Saddam Hussein por carrascos mascarados mostrou a crueldade da pena de morte. Para outros, foi um final merecido para um homem que nunca hesitou em mandar matar seus opositores.
"A pena de morte é sempre uma notícia trágica, uma razão para tristeza, mesmo quando se trata de uma pessoa culpada de crimes graves", disse um porta-voz do Vaticano.
O presidente norte-americano, George W. Bush, que como governador do Texas permitiu a execução de muitos criminosos, chamou o enforcamento do ex-presidente iraquiano de "um passo importante para o Iraque na direção da democracia".
Mas para os aliados de Bush na Europa, onde a pena de morte não existe, a execução foi um evento embaraçoso de se presenciar.
"Não se combate barbaridade com atos que consideramos bárbaros", disse Louis Michel, membro da Comissão Européia e, como ex-ministro das Relações Exteriores da Bélgica, crítico veemente da invasão do Iraque liderada pelos Estados Unidos.
"A pena de morte é contrária aos valores da União Européia ... independentemente dos crimes cometidos por Saddam Hussein — e ele cometeu crimes horríveis."
O comissário de Justiça, Liberdade e Segurança da UE, Franco Frattini, chamou Saddam de "um ditador horrível, comparável a Hitler", mas disse que é um erro transformá-lo em um mártir e insistiu que o Ocidente tem o dever de defender os direitos humanos.
"Quando combatemos o fundamentalismo e o terrorismo, quando pedimos que imãs combatam aqueles que desrespeitam a vida, nós europeus temos que mostrar coerência", disse ele ao jornal italiano Repubblica.
Mesmo que todos os países da União Européia se oponham à pena de morte, figuras centrais da região deixaram claro que sua postura não significava um perdão a Saddam nem uma crítica à política iraquiana.
A Grã-Bretanha, aliada de Washington no Iraque, disse que, embora se oponha à pena de morte, o Iraque é soberano em sua decisão de aplicá-la.
A França, que se opôs à invasão do Iraque, disse em declaração que "tomou nota" da execução, mas frisou sua oposição à pena de morte.
A primeira-ministra alemã, Angela Merkel, disse: "Respeitamos a decisão, mas é sabido que o governo alemão se opõe à pena capital. Mas em um dia como este, meus pensamentos estão principalmente com as vítimas inocentes de Saddam Hussein."
A Anistia Internacional disse que a execução é errada por princípio, e, neste caso, é errada porque o julgamento de Saddam teve problemas.
"Não apenas a pena de morte é uma violação ao direito à vida, mas esta pena de morte extrema foi imposta depois de um julgamento injusto", disse o porta-voz da entidade em Londres, James Dyson.
Aqueles que apoiaram a execução de Saddam esperam que sua morte encerre um capítulo doloroso da história iraquiana, enquanto grupos contrários à pena de morte afirmam que a execução poderá trazer mais instabilidade e violência ao país.
"A pena de morte é sempre uma notícia trágica, uma razão para tristeza, mesmo quando se trata de uma pessoa culpada de crimes graves", disse um porta-voz do Vaticano.
O presidente norte-americano, George W. Bush, que como governador do Texas permitiu a execução de muitos criminosos, chamou o enforcamento do ex-presidente iraquiano de "um passo importante para o Iraque na direção da democracia".
Mas para os aliados de Bush na Europa, onde a pena de morte não existe, a execução foi um evento embaraçoso de se presenciar.
"Não se combate barbaridade com atos que consideramos bárbaros", disse Louis Michel, membro da Comissão Européia e, como ex-ministro das Relações Exteriores da Bélgica, crítico veemente da invasão do Iraque liderada pelos Estados Unidos.
"A pena de morte é contrária aos valores da União Européia ... independentemente dos crimes cometidos por Saddam Hussein — e ele cometeu crimes horríveis."
O comissário de Justiça, Liberdade e Segurança da UE, Franco Frattini, chamou Saddam de "um ditador horrível, comparável a Hitler", mas disse que é um erro transformá-lo em um mártir e insistiu que o Ocidente tem o dever de defender os direitos humanos.
"Quando combatemos o fundamentalismo e o terrorismo, quando pedimos que imãs combatam aqueles que desrespeitam a vida, nós europeus temos que mostrar coerência", disse ele ao jornal italiano Repubblica.
Mesmo que todos os países da União Européia se oponham à pena de morte, figuras centrais da região deixaram claro que sua postura não significava um perdão a Saddam nem uma crítica à política iraquiana.
A Grã-Bretanha, aliada de Washington no Iraque, disse que, embora se oponha à pena de morte, o Iraque é soberano em sua decisão de aplicá-la.
A França, que se opôs à invasão do Iraque, disse em declaração que "tomou nota" da execução, mas frisou sua oposição à pena de morte.
A primeira-ministra alemã, Angela Merkel, disse: "Respeitamos a decisão, mas é sabido que o governo alemão se opõe à pena capital. Mas em um dia como este, meus pensamentos estão principalmente com as vítimas inocentes de Saddam Hussein."
A Anistia Internacional disse que a execução é errada por princípio, e, neste caso, é errada porque o julgamento de Saddam teve problemas.
"Não apenas a pena de morte é uma violação ao direito à vida, mas esta pena de morte extrema foi imposta depois de um julgamento injusto", disse o porta-voz da entidade em Londres, James Dyson.
Aqueles que apoiaram a execução de Saddam esperam que sua morte encerre um capítulo doloroso da história iraquiana, enquanto grupos contrários à pena de morte afirmam que a execução poderá trazer mais instabilidade e violência ao país.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/251342/visualizar/
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