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Nacional
Sábado - 30 de Dezembro de 2006 às 10:28

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Em reunião com oito ministros da área social ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu reforço de ações nas grandes cidades no seu segundo mandato.

O ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, disse à Folha que os resultados dos programas sociais "são mais visíveis nas pequenas e médias cidades".

"Nos grandes centros, porém, será preciso uma ação mais vigorosa, com integração ainda maior entre os ministérios, para competir com o narcotráfico e condições de vida mais duras, como falta de lazer e deficiências no saneamento e nas moradias", afirmou Patrus.

Segundo o ministro, foi feito um balanço das ações sociais no primeiro mandato e uma exposição sobre os projetos para o novo governo.

Lula cobrou "expansão e fortalecimento" dos programas sociais. A idéia é lançar os programas sociais numa "fase dois", com maior interação entre os ministérios em áreas onde exista essa possibilidade --como na da juventude.

O presidente pediu especificamente aos ministros que intensifiquem os programas ligados à juventude nas maiores regiões metropolitanas do país. A determinação acontece dois dias depois de o Rio de Janeiro ter sofrido uma onda de ataques que deixou 18 mortos.

"Na visão do presidente, várias ações sociais atingiram um grau de maturidade que permitiria pensar numa integração de ações que reforçariam o papel de cada ministério", disse Fernando Haddad, ministro da Educação e um dos participantes da reunião.

O encontro, no Palácio do Planalto, durou cerca de quatro horas. Cada ministro fez uma exposição de sua área, com as realizações do primeiro mandato, os problemas e os planos para os próximos quatro anos.

A partir do mês que vem, haverá reuniões separadas com cada um dos oito ministérios --Desenvolvimento Agrário, Educação, Políticas para Mulheres, Igualdade Racial, Direitos Humanos, Pesca, Desenvolvimento Social e Saúde. A primeira reunião, já na próxima semana, será com o Ministério da Educação.

Mais uma vez, Lula disse aos ministros que quer uma "interlocução" maior com a sociedade e com os movimentos sociais, em especial.

Também ficou decidido que a Câmara de Política Econômica contará com um representante da área social, e que a Câmara de Política Social terá alguém da área econômica. Segundo Haddad, ainda não está definido como acontecerá esse intercâmbio.

Patrus afirmou que a maior integração entre os cadastros de programas sociais ajudará a uma melhor avaliação dos resultados das ações no segundo mandato. Citou como exemplo a integração entre os cadastros do Bolsa Família e do programa Luz Para Todos, do Ministério de Minas e Energia.





Fonte: Folha Online

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