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Conheça a biografia de Saddam Hussein
Saddam passou os últimos três anos preso no Iraque sob custódia das forças iraquianas e da coalizão liderada pelos Estados Unidos. Sua condenação à morte ocorreu após um longo julgamento pela morte de 148 homens xiitas na cidade de Dujail, em 1982. Também foram condenados o ex-chefe da corte revolucionária Awad Hamed al-Bander e o meio-irmão de Saddam Barzan Ibrahim al-Tikriti, que foi chefe da inteligência do regime do ex-presidente.
A situação de Saddam Hussein mudou muito desde 2003, quando o Iraque foi invadido pelas tropas americanas. O ex-ditador passou de "grande dirigente" do mundo árabe a pária, processado por uma série de crimes contra a humanidade. Uma dezenas de estátuas com sua imagem foram destruídas e seus retratos rasgados ou queimados quando as tropas americanas invadiram Bagdá. Seus dois filhos, Qussai e Qudai, déspotas como o pai, morreram três meses mais tarde, assassinados pelas forças americanas. Sua mulher e suas filhas fugiram para o exterior.
Entretanto, o momento que marcaria o fim da era de poder de Saddam ocorreu no final do ano de 2003, em 13 de dezembro, quando ele foi capturado em um esconderijo subterrâneo precário, em uma fazenda, próxima a Tikrit, sua cidade natal, após oitos meses na clandestinidade. As imagens de um Saddam abatido, com roupas sujas e barba crescida derrubaram o mito de poder.
Trajetória Nascido no dia 28 de abril de 1937 em Awja, na região de Tikrit, no norte de Bagdá, numa família de camponeses, Saddam Hussein teve uma infância difícil. Orfão de pai aos 9 anos, ele foi criado por seu tio, que o enviou para estudar em Bagdá. Ele começou a se tornar conhecido em 1959, ao tentar assassinar o presidente Abdel Karim Qassem, deposto em 1958.
Ferido na perna, ele fugiu para o exterior e retornou quatro anos mais tarde ao Iraque. Foi preso em 1964, mas conseguiu fugir e retomar a ação clandestina dentro do partido Baath.
Saddam Hussein participou em 1968 do golpe de Estado que levou este partido ao poder. É o início de sua ascensão até se tornar o homem forte do regime presidido por Ahmad Hassan Al-Bakr. Secretário-geral adjunto do Baath, ele se tornou em 1969 vice-presidente do Conselho de Comando da Revolução (CCR, mais alta instância dirigente).
Promovido a número um do regime no dia 16 de julho de 1979, ele acumulou os postos de chefe de Estado, secretário-geral do Baath, presidente do CCR e chefe supremo do Exército. Saddam não tolerou nenhuma dissidência, multiplicou as expulsões e enviou os opositores ao exílio ou ao cemitério.
Entre 1980 e 1988, Saddam travou guerra contra o Irã, resultado de disputas políticas e territoriais entre ambos os países. Durante a disputa, a aviação iraquiana lançou agentes químicos sobre Halabja, causando a morte de cinco mil curdos iraquianos, na maioria mulheres e crianças, em alguns minutos, além de mais 10 mil feridos. No total, foram 1 milhão de mortes de ambos os lados, segundo estimativas ocidentais. O Iraque recebeu apoio dos Estados Unidos durante o conflito como parte de uma estratégia para combater o aiatolá Ruholá Khomeini.
O governo de Saddam foi responsável pela morte de 100 mil pessoas, entre 1987 e 1988, ao provocar deslocamentos massivos de populações curdas e massacres em cidades. O episódio ficou conhecido como a campanha da Anfal.
Em 1990, as tropas de Saddam invadiram o Kwait com interesse na posse dos portos de Bubián e Uarba, que dariam novos acessos ao golfo Pérsico, o perdão de uma dívida de US$ 10 bilhões contraída durante a guerra contra o Irã, e o pagamento de US$ 2,4 bilhões pela extração de petróleo em campos que seriam, segundo a ótica do ditador, iraquianos. Além disto, o Iraque acusava o governo do Kuwait de derrubar o preço do petróleo com uma política de superextração. Após sete meses de confronto, Saddam foi derrotado na guerra do Golfo pelo Exército americano. Entretanto, foram os iraquianos que sofreram as conseqüências da invasão com a aplicação de sanções internacionais e os mísseis americanos despejados no território.
Isolado em seus imensos palácios com conforto extravagante, Saddam não deixou de desafiar os Estados Unidos até o desembarque no Iraque das tropas americanas em março de 2003. Sob alegação de que o Iraque possuía armas de destruição em massa e que o país não estava cooperando com os inspetores da Organização das Nações Unidas (ONU), em 17 de março, o presidente George W. Bush dá um ultimato de 48 horas para que Saddam se exile. Caso contrário, os Estados Unidos vão declarar guerra ao Iraque. O ultimato é rejeitado no dia seguinte pelos iraquianos.
Em 20 de março, as forças americano-britânicas entram no Iraque através do Kuwait. Menos de um mês depois, as forças americanas entram no centro de Bagdá sem encontrar grande resistência. Apesar da fácil vitória, os Estados Unidos enfrentam até hoje resistência armada no país e a estabilização do Iraque estar muito longe. Diariamente, atentados matam civis. O fracasso em conseguir acabar com a guerra civil no país entre as diferentes etnias iraquianas foi apontado como a principal causa da derrota de Bush nas eleições parlamentares de 2006, quando os democratas conquistaram maioria no Senado e da Câmara.
O último balanço do Pentágono indica que o número de militares americanos falecidos desde a invasão do Iraque chega a 2.975, cifra superior às 2.973 vítimas fatais registradas nos atentados de 11 de setembro de 2001 em Nova York, Washington D.C. e Pensilvânia.
A situação de Saddam Hussein mudou muito desde 2003, quando o Iraque foi invadido pelas tropas americanas. O ex-ditador passou de "grande dirigente" do mundo árabe a pária, processado por uma série de crimes contra a humanidade. Uma dezenas de estátuas com sua imagem foram destruídas e seus retratos rasgados ou queimados quando as tropas americanas invadiram Bagdá. Seus dois filhos, Qussai e Qudai, déspotas como o pai, morreram três meses mais tarde, assassinados pelas forças americanas. Sua mulher e suas filhas fugiram para o exterior.
Entretanto, o momento que marcaria o fim da era de poder de Saddam ocorreu no final do ano de 2003, em 13 de dezembro, quando ele foi capturado em um esconderijo subterrâneo precário, em uma fazenda, próxima a Tikrit, sua cidade natal, após oitos meses na clandestinidade. As imagens de um Saddam abatido, com roupas sujas e barba crescida derrubaram o mito de poder.
Trajetória Nascido no dia 28 de abril de 1937 em Awja, na região de Tikrit, no norte de Bagdá, numa família de camponeses, Saddam Hussein teve uma infância difícil. Orfão de pai aos 9 anos, ele foi criado por seu tio, que o enviou para estudar em Bagdá. Ele começou a se tornar conhecido em 1959, ao tentar assassinar o presidente Abdel Karim Qassem, deposto em 1958.
Ferido na perna, ele fugiu para o exterior e retornou quatro anos mais tarde ao Iraque. Foi preso em 1964, mas conseguiu fugir e retomar a ação clandestina dentro do partido Baath.
Saddam Hussein participou em 1968 do golpe de Estado que levou este partido ao poder. É o início de sua ascensão até se tornar o homem forte do regime presidido por Ahmad Hassan Al-Bakr. Secretário-geral adjunto do Baath, ele se tornou em 1969 vice-presidente do Conselho de Comando da Revolução (CCR, mais alta instância dirigente).
Promovido a número um do regime no dia 16 de julho de 1979, ele acumulou os postos de chefe de Estado, secretário-geral do Baath, presidente do CCR e chefe supremo do Exército. Saddam não tolerou nenhuma dissidência, multiplicou as expulsões e enviou os opositores ao exílio ou ao cemitério.
Entre 1980 e 1988, Saddam travou guerra contra o Irã, resultado de disputas políticas e territoriais entre ambos os países. Durante a disputa, a aviação iraquiana lançou agentes químicos sobre Halabja, causando a morte de cinco mil curdos iraquianos, na maioria mulheres e crianças, em alguns minutos, além de mais 10 mil feridos. No total, foram 1 milhão de mortes de ambos os lados, segundo estimativas ocidentais. O Iraque recebeu apoio dos Estados Unidos durante o conflito como parte de uma estratégia para combater o aiatolá Ruholá Khomeini.
O governo de Saddam foi responsável pela morte de 100 mil pessoas, entre 1987 e 1988, ao provocar deslocamentos massivos de populações curdas e massacres em cidades. O episódio ficou conhecido como a campanha da Anfal.
Em 1990, as tropas de Saddam invadiram o Kwait com interesse na posse dos portos de Bubián e Uarba, que dariam novos acessos ao golfo Pérsico, o perdão de uma dívida de US$ 10 bilhões contraída durante a guerra contra o Irã, e o pagamento de US$ 2,4 bilhões pela extração de petróleo em campos que seriam, segundo a ótica do ditador, iraquianos. Além disto, o Iraque acusava o governo do Kuwait de derrubar o preço do petróleo com uma política de superextração. Após sete meses de confronto, Saddam foi derrotado na guerra do Golfo pelo Exército americano. Entretanto, foram os iraquianos que sofreram as conseqüências da invasão com a aplicação de sanções internacionais e os mísseis americanos despejados no território.
Isolado em seus imensos palácios com conforto extravagante, Saddam não deixou de desafiar os Estados Unidos até o desembarque no Iraque das tropas americanas em março de 2003. Sob alegação de que o Iraque possuía armas de destruição em massa e que o país não estava cooperando com os inspetores da Organização das Nações Unidas (ONU), em 17 de março, o presidente George W. Bush dá um ultimato de 48 horas para que Saddam se exile. Caso contrário, os Estados Unidos vão declarar guerra ao Iraque. O ultimato é rejeitado no dia seguinte pelos iraquianos.
Em 20 de março, as forças americano-britânicas entram no Iraque através do Kuwait. Menos de um mês depois, as forças americanas entram no centro de Bagdá sem encontrar grande resistência. Apesar da fácil vitória, os Estados Unidos enfrentam até hoje resistência armada no país e a estabilização do Iraque estar muito longe. Diariamente, atentados matam civis. O fracasso em conseguir acabar com a guerra civil no país entre as diferentes etnias iraquianas foi apontado como a principal causa da derrota de Bush nas eleições parlamentares de 2006, quando os democratas conquistaram maioria no Senado e da Câmara.
O último balanço do Pentágono indica que o número de militares americanos falecidos desde a invasão do Iraque chega a 2.975, cifra superior às 2.973 vítimas fatais registradas nos atentados de 11 de setembro de 2001 em Nova York, Washington D.C. e Pensilvânia.
Fonte:
Terra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/251540/visualizar/
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