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Internacional
Sexta - 29 de Dezembro de 2006 às 16:25

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O cardeal Renato Raffaele Martino, presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, estimou que executar o ex-presidente iraquiano Saddam Hussein seria "compensar um crime com outro crime", numa entrevista publicada na quinta-feira n jornal italiano La Repubblica.

"Não pensem que podemos compensar um crime com outro crime. A Igreja proclama que a vida humana deve ser protegida da concepção à morte natural", declarou o presidente desse Conselho, um dos 11 do Vaticano e que cuida sobretudo dos direitos do homem.

"A pena de morte não é morte natural. E ninguém pode matar outra pessoa, nem o Estado", sublinhou ele.

Além disso, o cardeal desejou a realização "de negociações globais para pacificar o Oriente Médio, a Terra Santa, o Iraque e o Líbano".

Ele sublinhou que "uma religião que pretende executar um ato violento não é uma religião. É outra coisa, é um fundamentalismo".

A corte de apelação do Alto Tribunal Penal Iraquiano ratificou nesta terça-feira a condenação à morte por enforcamento do ex-presidente pela execução de 148 moradores xiitas de Dujail, nos anos 1980.

O Alto Tribunal Penal iraquiano rejeitou na quinta-feira a apelação apresentada pelos advogados de Saddam Hussein, que desde então pode ser executado a qualquer momento.





Fonte: AFP

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