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Dilma defende meta de 5% para o PIB no próximo ano
A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, defendeu ontem a fixação da meta de crescimento da economia em 5% para o ano que vem e afirmou que o mais importante é a "mobilização" que essa meta provocaria no país.
"Meta é para você perseguir. Ai de quem não tiver meta. Como se movimenta, se mobiliza e coloca toda a capacidade de organização para atingir o objetivo se não tiver meta?", questionou a ministra, durante café da manhã com jornalistas.
Dilma afirmou que o país é plenamente capaz de atingir a meta de 5% de crescimento em 2007, mas que a exatidão não é o principal. "Meta é para ser cumprida no sentido da mobilização. Não necessariamente você tem de acertar no zerinho."
O discurso de Dilma difere da opinião da área econômica do governo, que já admite que não será possível atingir os 5%. Em reuniões reservadas, o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva trabalha com um crescimento de 4% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2007.
A Folha apurou que Lula considera ter caído numa armadilha que ele próprio criou quando divulgou a meta de 5% no dia da reeleição (29 de outubro). Logo depois, ele prometeu pacote desenvolvimentista para o segundo mandato.
Em depoimento no Senado na semana passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nem sequer citou os 5% e disse apenas que o crescimento será "robusto" no ano que vem.
Nova realidade
Ontem, Dilma voltou a defender a meta. "Esse é o problema deste país. Por que uma meta não é factível num país desta proporção? Hoje é absolutamente possível, porque fizemos um trabalho", disse.
"Há quatro anos, quando assumimos, havia instabilidade com relação à inflação, instabilidade externa e fragilidade fiscal. Fizemos as coisas que eram possíveis dentro desse contexto, sem aventura. Mudaram a política? Não. A realidade é que mudou. Não temos o mesmo cenário. Não mudamos de política", afirmou a ministra.
Pelo raciocínio de Dilma, o fato de a meta ser fixada em 5% leva o país a discutir os gargalos e alternativas para acelerar o crescimento, como fundos de financiamento para setores específicos.
Ministros técnicos
Dilma confirmou que o novo ministério do presidente Lula deve ser anunciado apenas entre o final de janeiro e o início de fevereiro.
"O presidente tem dito que não tem pressa", afirmou a ministra, que criticou a distinção entre ministros "técnicos" e "políticos".
"Todos temos um viés incorreto de tratar político e técnico. Nenhum ministro pode ser técnico no sentido estrito da palavra. Se fosse só técnico, poderia importar dos Estados Unidos ou da Europa e ser um ótimo ministro. Ministro tem de ter compromisso político com o país. Ministro representa a política de seu povo", disse a ministra.
O café da manhã durou cerca de uma hora e foi feito sob o acordo de que as declarações da ministra não fossem gravadas.
De regime, Dilma comeu somente fatias de queijo parmesão e tomou café. "Meu problema não é com doces, é com pães."
"Meta é para você perseguir. Ai de quem não tiver meta. Como se movimenta, se mobiliza e coloca toda a capacidade de organização para atingir o objetivo se não tiver meta?", questionou a ministra, durante café da manhã com jornalistas.
Dilma afirmou que o país é plenamente capaz de atingir a meta de 5% de crescimento em 2007, mas que a exatidão não é o principal. "Meta é para ser cumprida no sentido da mobilização. Não necessariamente você tem de acertar no zerinho."
O discurso de Dilma difere da opinião da área econômica do governo, que já admite que não será possível atingir os 5%. Em reuniões reservadas, o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva trabalha com um crescimento de 4% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2007.
A Folha apurou que Lula considera ter caído numa armadilha que ele próprio criou quando divulgou a meta de 5% no dia da reeleição (29 de outubro). Logo depois, ele prometeu pacote desenvolvimentista para o segundo mandato.
Em depoimento no Senado na semana passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nem sequer citou os 5% e disse apenas que o crescimento será "robusto" no ano que vem.
Nova realidade
Ontem, Dilma voltou a defender a meta. "Esse é o problema deste país. Por que uma meta não é factível num país desta proporção? Hoje é absolutamente possível, porque fizemos um trabalho", disse.
"Há quatro anos, quando assumimos, havia instabilidade com relação à inflação, instabilidade externa e fragilidade fiscal. Fizemos as coisas que eram possíveis dentro desse contexto, sem aventura. Mudaram a política? Não. A realidade é que mudou. Não temos o mesmo cenário. Não mudamos de política", afirmou a ministra.
Pelo raciocínio de Dilma, o fato de a meta ser fixada em 5% leva o país a discutir os gargalos e alternativas para acelerar o crescimento, como fundos de financiamento para setores específicos.
Ministros técnicos
Dilma confirmou que o novo ministério do presidente Lula deve ser anunciado apenas entre o final de janeiro e o início de fevereiro.
"O presidente tem dito que não tem pressa", afirmou a ministra, que criticou a distinção entre ministros "técnicos" e "políticos".
"Todos temos um viés incorreto de tratar político e técnico. Nenhum ministro pode ser técnico no sentido estrito da palavra. Se fosse só técnico, poderia importar dos Estados Unidos ou da Europa e ser um ótimo ministro. Ministro tem de ter compromisso político com o país. Ministro representa a política de seu povo", disse a ministra.
O café da manhã durou cerca de uma hora e foi feito sob o acordo de que as declarações da ministra não fossem gravadas.
De regime, Dilma comeu somente fatias de queijo parmesão e tomou café. "Meu problema não é com doces, é com pães."
Fonte:
Folha de S. Paulo
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/251643/visualizar/
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