Polícia apreende granadas; outro suspeito é reconhecido

Policiais da 22ª Delegacia de Polícia (Penha) do Rio apreenderam, no início da tarde, quatro granadas que, quando acoplados a um fuzil, podem perfurar tanques, helicópteros ou carros blindados. O material estava num terreno da favela Cidade Alta, em Cordovil, nas proximidades do local em que o ônibus da Itapemirim foi incendiado nesta madrugada. O delegado titular, Eduardo Freitas, disse ter certeza de que as granadas viriam a ser usadas nos ataques que traficantes supostamente ligados ao Comando Vermelho iniciaram na madrugada no Rio de Janeiro.

Junto com os artefatos, foram encontrados mais de cem munições de calibres diferentes, carregadores de metralhadoras e material para embalagem de drogas. Segundo a polícia, a apreensão foi possibilitada por uma denúncia anônima de que em um terreno da Cidade Alta estariam traficantes, entre os quais alguns que teriam participado do ataque ao ônibus da Itapemirim.

Segundo Freitas, as três pessoas presas nesta manhã e que eram consideradas suspeitas de terem participado do ataque ao ônibus foram oficialmente reconhecidas por duas testemunhas. A ação deixou 7 mortos e feriu 12 pessoas.

Os acusados não são da Cidade Alta, mas do bairro de Imbariê, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, que fica alguns quilômetros adiante do Trevo das Missões, onde o ônibus foi incendiado. O delegado vai revelar a identidade dos acusados agora à tarde.