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Registro e análise de arritmia já são possíveis em tempo real
Um grupo de médicos e engenheiros brasileiros criou o primeiro aparelho portátil capaz de registrar e enviar em tempo real para a internet os sinais de arritmia cardíaca, que são alterações nos batimentos do coração. Previsto para ser lançado no próximo mês no País, por R$ 2 mil, o aparelho Web Looper promete acabar com uma das maiores dificuldades dos cardiologistas, que é ter o registro da arritmia no momento em que ela ocorre.
O Web Looper é formado por dois eletrodos que são fixados no peito com adesivos, e uma base (caixinha no comprimento de uma caneta), que pode ser levada no bolso. A caixa contém uma placa de telefone celular, uma bateria e um eletrocardiógrafo, que registra os batimentos.
Ao detectar algum sintoma de arritmia, o paciente aperta um botão na base e o eletrocardiograma é digitalmente transmitido para uma operadora de celular, que envia os dados para a internet. O sinal enviado é um eletrocardiograma de 45 segundos, 15 deles registrados antes do sintoma.
O sistema oferece a médicos e pacientes duas vantagens: os cardiologistas podem analisar o eletrocardiograma de qualquer parte do mundo praticamente ao mesmo tempo em que ocorrem os sintomas - os exames ficam armazenados num site (ecgweb.com.br). A segunda vantagem é que o médico recebe um retrato do momento da arritmia, em vez de analisar o paciente a partir do relato que ele faz quando na consulta.
“A idéia é que os pacientes possam também acessar o site”, afirma o cardiologista José Carlos Pachón Mateos, chefe do Serviço de Arritmia do Hospital do Coração, em São Paulo, um dos responsáveis pela invenção. “Assim, o paciente poderá imprimir o exame e levar para o médico que eventualmente não tenha se cadastrado no site.”
No mercado há dois tipos de aparelhos portáteis para arritmia: o holter, que grava os batimentos cardíacos ininterruptamente durante 24 horas, e o looper, que pode ser programado pelo médico e gravar, por exemplo, só no momento em que os sintomas aparecem.
“A maior vantagem do Web Looper é o sistema de comunicação”, avalia o cardiologista Fábio Sândoli de Brito, responsável pelo Serviço de Holter do Laboratório Fleury e dos hospitais Albert Einstein e Sírio-Libanês, de São Paulo. “Até hoje, os pacientes tinham de ir até o consultório levar o aparelho para o médico descarregar os dados num computador com um modem específico ou enviavam os dados por sistema de transtelefônica (transmissão do som codificado pelo telefone), cujo resultado é deficiente, qualquer ruído pode atrapalhar o sinal.”
A idéia do novo aparelho surgiu há quatro anos. Desde então, Pachón e os engenheiros Luciano Coan e Denys Nicolosi fizeram testes em 50 pacientes durante pesquisas clínicas no Hospital do Coração.
O engenheiro eletrônico Edward Morgan, de 61 anos, foi um dos voluntários, há seis meses. “Já tinha usado holter uma dezena de vezes e nenhum aparelho detectou o problema. Os sintomas sempre apareciam quando eu estava sem o dispositivo”, diz ele. “Fiquei três meses com o Web e me senti muito seguro só em pensar que o médico conseguia fiscalizar meu coração quase ao mesmo tempo em que eu tinha os sintomas.”
ARRITMIA
O coração é como se fosse uma bomba eletromecânica. Um órgão sadio bate de 50 a 90 vezes por minuto, em repouso. Quando os batimentos ultrapassam 90, trata-se de taquicardia. Bradicardia é quando ficam em menos de 50.
Os batimentos servem para transportar o sangue pelo organismo, levando oxigênio para as células do corpo. Num adulto, cada batida bombeia de 30 a 50 mililitros de sangue.
Arritmia é a alteração dos batimentos cardíacos (aceleração, redução e descompassos), que podem durar de segundos a minutos. “Aproximadamente 70% das pessoas já tiveram ou vão ter pelo menos uma vez essa arritmia”, conta o cardiologista Pachón.
A maior incidência é entre os pacientes que têm de 15 a 45 anos de idade. Os principais sintomas da doença são tontura, mal-estar, escurecimento da visão e rápidos desmaios.
O Web Looper é formado por dois eletrodos que são fixados no peito com adesivos, e uma base (caixinha no comprimento de uma caneta), que pode ser levada no bolso. A caixa contém uma placa de telefone celular, uma bateria e um eletrocardiógrafo, que registra os batimentos.
Ao detectar algum sintoma de arritmia, o paciente aperta um botão na base e o eletrocardiograma é digitalmente transmitido para uma operadora de celular, que envia os dados para a internet. O sinal enviado é um eletrocardiograma de 45 segundos, 15 deles registrados antes do sintoma.
O sistema oferece a médicos e pacientes duas vantagens: os cardiologistas podem analisar o eletrocardiograma de qualquer parte do mundo praticamente ao mesmo tempo em que ocorrem os sintomas - os exames ficam armazenados num site (ecgweb.com.br). A segunda vantagem é que o médico recebe um retrato do momento da arritmia, em vez de analisar o paciente a partir do relato que ele faz quando na consulta.
“A idéia é que os pacientes possam também acessar o site”, afirma o cardiologista José Carlos Pachón Mateos, chefe do Serviço de Arritmia do Hospital do Coração, em São Paulo, um dos responsáveis pela invenção. “Assim, o paciente poderá imprimir o exame e levar para o médico que eventualmente não tenha se cadastrado no site.”
No mercado há dois tipos de aparelhos portáteis para arritmia: o holter, que grava os batimentos cardíacos ininterruptamente durante 24 horas, e o looper, que pode ser programado pelo médico e gravar, por exemplo, só no momento em que os sintomas aparecem.
“A maior vantagem do Web Looper é o sistema de comunicação”, avalia o cardiologista Fábio Sândoli de Brito, responsável pelo Serviço de Holter do Laboratório Fleury e dos hospitais Albert Einstein e Sírio-Libanês, de São Paulo. “Até hoje, os pacientes tinham de ir até o consultório levar o aparelho para o médico descarregar os dados num computador com um modem específico ou enviavam os dados por sistema de transtelefônica (transmissão do som codificado pelo telefone), cujo resultado é deficiente, qualquer ruído pode atrapalhar o sinal.”
A idéia do novo aparelho surgiu há quatro anos. Desde então, Pachón e os engenheiros Luciano Coan e Denys Nicolosi fizeram testes em 50 pacientes durante pesquisas clínicas no Hospital do Coração.
O engenheiro eletrônico Edward Morgan, de 61 anos, foi um dos voluntários, há seis meses. “Já tinha usado holter uma dezena de vezes e nenhum aparelho detectou o problema. Os sintomas sempre apareciam quando eu estava sem o dispositivo”, diz ele. “Fiquei três meses com o Web e me senti muito seguro só em pensar que o médico conseguia fiscalizar meu coração quase ao mesmo tempo em que eu tinha os sintomas.”
ARRITMIA
O coração é como se fosse uma bomba eletromecânica. Um órgão sadio bate de 50 a 90 vezes por minuto, em repouso. Quando os batimentos ultrapassam 90, trata-se de taquicardia. Bradicardia é quando ficam em menos de 50.
Os batimentos servem para transportar o sangue pelo organismo, levando oxigênio para as células do corpo. Num adulto, cada batida bombeia de 30 a 50 mililitros de sangue.
Arritmia é a alteração dos batimentos cardíacos (aceleração, redução e descompassos), que podem durar de segundos a minutos. “Aproximadamente 70% das pessoas já tiveram ou vão ter pelo menos uma vez essa arritmia”, conta o cardiologista Pachón.
A maior incidência é entre os pacientes que têm de 15 a 45 anos de idade. Os principais sintomas da doença são tontura, mal-estar, escurecimento da visão e rápidos desmaios.
Fonte:
Olhar Direto
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/251906/visualizar/
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