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Agronegócios
Quarta - 27 de Dezembro de 2006 às 15:54

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As importações brasileiras, puxadas pelos bens de consumo, ficarão acima de US$ 100 bilhões em 2007, com crescimento de 11,3% em relação a este ano, conforme projeções divulgadas hoje pela Associação Brasileira de Comércio Exterior (AEB). Com isso, o saldo comercial terá queda de 19,7% ante os US$ 45 bilhões estimados para este ano, situando-se em US$ 36,130 bilhões. O complexo soja (grão, farelo e óleo) deverá trazer US$ 10 bilhões em divisas para o Brasil em 2007, conforme as projeções da AEB, superando os US$ 9 bilhões de 2006.

Pelos dados da AEB, as exportações de 2007 permanecerão praticamente estáveis (US$ 138,020 bilhões ante os US$ 136,540 bilhões estimados para 2006), com as importações totalizando US$ 101,890 bilhões (US$ 91,540 bilhões em 2006). As projeções da AEB estão ligeiramente abaixo da média do mercado financeiro, que projeta superávit comercial de US$ 38,05 bilhões para o ano que vem, conforme o último boletim Focus, divulgado ontem pelo Banco Central.

A entidade especializada no acompanhamento do comercial exterior brasileiro está trabalhando com a expectativa de melhoria de preços para o complexo soja, com o preço médio do grão subindo para US$ 245 por tonelada (US$ 226/ t em 2006), o farelo subindo para US$ 205/t (US$ 193/t em 2006) e o óleo atingirá US$ 600/t (US$ 475 em 2006).

Outras commodities agrícolas, como a celulose, carnes de frango e bovina e o café também deverão ter preços médios em 2007 superiores aos deste ano, na avaliação da AEB. Já o açúcar bruto e refinado deverão ter queda de preços.

No caso do minério de ferro, a expectativa da AEB é que haja aumento nos preços e na quantidade exportada. O preço médio do minério subirá para US$ 41,20 por tonelada (US$ 36,80/t em 2006), com o volume atingindo 250 milhões de toneladas (246 milhões em 2006).

Pequenas e médias

Os produtos siderúrgicos deverão ter queda nos preços, especialmente devido ao desaquecimento da economia norte-americano e um ritmo menos intenso de expansão por parte da China, que deverá situar-se em 8,5%. Na avaliação da AEB, as commodities metálicas têm apresentado constantes oscilações de preço, "indicando instabilidade e insegurança econômica futura".

A AEB está prevendo que cerca de 1.000 empresas de pequeno e médio portes deixaram de exportar em 2006 e outras 300 estarão fora do mercado no ano que vem. Isso basicamente pelo nível da taxa de câmbio, que a AEB prevê que ficará abaixo de R$ 2,30 por dólar.

"Pequenas e médias empresas que exportam produtos manufaturados em montante abaixo de US$ 1 milhão por ano mostram perda de fôlego financeiro, situação que começa a atingir também, de forma pontual e localizada, grandes empresas exportadoras", afirma o documento da AEB.





Fonte: Agência de Notícias

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