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Quarta - 20 de Março de 2013 às 07:09
Por: KAMILA ARRUDA

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Para evitar um embate com o Ministério Público Estadual (MPE), a Câmara de Cuiabá aprovou ontem, em regime de urgência especial, a criação de uma verba indenizatória de R$ 25 mil mensais para o prefeito Mauro Mendes (PSB). 

Apesar de o projeto ser de autoria do Executivo Municipal, os beneficiados são os 25 vereadores, uma vez que o teto de recursos do gesto serve como base comparativa da remuneração recebida pelos parlamentares. 

Desta forma, o Legislativo cuiabano não terá que rever os valores de R$ 15 e R$ 25 mil embolsados por eles mensalmente. A medida é em resposta a uma ação civil pública com pedido de liminar impetrada pelo Ministério Público na semana passada, na qual era requerida a limitação do valor da remuneração dos vereadores ao teto constitucional, que seria o salário do prefeito, R$ 22 mil.

Para o órgão fiscalizador, os vereadores estavam recebendo R$ 38 mil, valor maior do que o recebido pelo chefe do Executivo Municipal, uma vez que para eles a verba indenizatória é considerada como remuneração. 

O presidente do Legislativo, vereador João Emanuel (PSD), acredita que com isso, as pendências com o Ministério Público estejam sanadas. 

“Ela serve para indenizar as atitudes que são tomadas pelos dirigentes partidários e políticos. Eu acredito que agora esteja tudo resolvido. Já tivemos uma reunião com eles [promotores], devemos ter outra e vamos até onde pudermos para resolver essa situação sem litígio”, pontua. 

Com relação à atitude de Mendes em encaminhar o projeto depois de ter vetado o aumento do próprio salário em janeiro deste ano, o social-democrata afirma que foi o tempo. 

“Eu acredito que existem várias posturas. E quando você assume uma responsabilidade grande, como a que ele tem, passa a ter muitos compromissos. E, com o passar do tempo, ele percebeu que precisa ter um respaldo, até mesmo para conseguir trabalhar de uma forma tranquila”. 

O líder do prefeito na Câmara, vereador Leonardo de Oliveira (PTB), entretanto, afirma que Mendes quer reorganizar a sua remuneração sem prejudicar os vereadores. Desta forma, encaminhará na quinta-feira (21) outro projeto de lei ao Legislativo. 

“Ele quer fazer uma reorganização. Mandou a mensagem criando a verba indenizatória e na quinta mandará outra que reduz o salário dele de R$ 22 para R$ 17 mil”, pontua. 

Esta mesma manobra também foi utilizada pela legislatura passada sob a responsabilidade do então presidente, vereador Julio Pinheiro (PTB). Para não ter que mexer nos valores recebidos por eles, os 19 vereadores aprovaram a criação de uma verba indenizatória no valor de R$ 20 mil para o então prefeito Chico Galindo (PTB). 

O esquema, entretanto, foi vetado pelo então procurador-geral do município, Fernando Biral. Apesar disso, alegando que a verba indenizatória tem respaldo constitucional, continuaram recebendo a mesma quantia, que na época era de R$ 9,2 e R$ 15 mil, respectivamente. 




Fonte: Do DC

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