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Saúde
Quarta - 20 de Março de 2013 às 06:56
Por: HELSON FRANÇA

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O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) prepara, para a próxima semana, uma nova fiscalização no Pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande diante de relatos de que pacientes estão sem atendimento devido, sobretudo, à falta de medicamentos e insumos. 

Médicos da própria unidade alegam que estão sem anestesias, esparadrapos, cateteres, seringas e remédios como Dipirona, dentre outros materiais. 

“Essas coisas tem faltado sempre, é um problema crônico. A situação no Pronto-Socorro de Várzea Grande é caótica, além de ser um desrespeito com a população”, classificou Dalva Neves, presidente do CRM-MT. 

Ela afirma que na última fiscalização feita pelo CRM à unidade, a Secretaria Municipal de Saúde de Várzea Grande, a direção do pronto-socorro e o Ministério Público Estadual foram informados dos problemas por meio de um relatório. 

Na avaliação de Dalva, os problemas são frutos de falta de gestão por parte dos responsáveis. 

Uma das vítimas dos problemas no Pronto-Socorro de Várzea Grande é a costureira Naíde dos Anjos Torres, 47 anos. Ela teve um derrame há 15 dias e, devido ao excesso de sangue que se formou na sua cabeça depois da cirurgia que passou há sete dias, precisava drenar o acúmulo sanguíneo – o que não foi feito até o momento. 

O subsecretário de Saúde do município, Renato Tetilla, em entrevista ao DIÁRIO nesta segunda (18), havia garantido que Naíde seria atendida, além de ter negado que medicamentos e insumos estariam em falta na unidade. 

“Terei que acionar a Justiça para tentar alguma transferência, pois se deixar a situação como está, minha mulher irá morrer”, desabafou o segurança Eudes de Souza, 53 anos, marido da paciente. 

Há 25 dias no box de emergência, depois de ter sofrido um acidente de moto, o estudante Vainer de Barros Borges, 18 anos, disse que sua mãe teve que ir comprar esparadrapo para que ele fosse medicado. 

“Está complicado por aqui. Os médicos até se esforçam, mas falta muita coisa”. 

O caso no pronto-socorro é agravado pela falta de leitos na UTI. São apenas 10 para atender uma demanda grande de pacientes, sendo muitos de outros estados. 

A secretária Municipal de Saúde de Várzea Grande, Jaqueline Guimarães, reconheceu que, devido a dívidas contraídas por gestões anteriores junto a fornecedores, há falta de medicamentos e insumos. Porém, ressaltou que a prefeitura está se empenhando para resolver os problemas. 

“Estamos tentando, na medida do possível, suprir todas as necessidades”, pontuou. 




Fonte: Do DC

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