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ONU ''lamentará'' aprovação de sanções, diz presidente do Irã
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, disse neste domingo que as potências mundiais em breve lamentarão ter imposto sanções sobre o país para que o programa nuclear iraniano fosse suspenso.
"O Irã não se preocupa e não está incomodado quanto à aprovação da resolução do Conselho de Segurança (CS)" da ONU (Organização das Nações Unidas), disse Ahmadinejad, segundo a agência estatal iraniana de notícias Irna.
Presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, durante discurso na capital Teerã Ahmadinejad disse que a resolução "não afetará o Irã, mas os que a aprovaram logo lamentarão esse ato superficial e nulo". "Lamento por aqueles que perderam a oportunidade de [estabelecer] amizade com o Irã. Vocês mesmos sabem que não podem nem minimamente afetar o Irã", disse o presidente iraniano, segundo a Irna.
O CS da ONU aprovou por unanimidade neste sábado uma resolução para impor sanções contra o Irã devido à recusa do país em interromper seu programa nuclear.
A resolução determina que todos os países deixem de fornecer ao Irã materiais e tecnologia específicos que possam contribuir para os programas tanto nuclear como de mísseis do país, e também congela ativos de empresas e indivíduos que participam dos programas iranianos, cujos nomes constam de uma lista da ONU.
Se o Irã se recusar a acatar a determinação, a resolução alerta para a adoção de mais sanções de caráter não-militar.
Reação
A reação do governo iraniano ontem foi imediata: o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Ali Hosseini, disse que a resolução "não será um impedimento para o progresso nuclear iraniano".
O governo iraniano sustenta que o programa nuclear do país se destina apenas à geração de energia. A comunidade internacional, no entanto, alega que a intenção do país é direcionar suas atividades nucleares para a construção de uma bomba atômica.
Logo após o anúncio da aprovação da resolução, o Ministério de Relações Exteriores do Irã divulgou um comunicado no qual considera a decisão "um ato ilegal e vai contra a Carta da ONU". "A nação iraniana não delegou seu destino às decisões inválidas do CS, e nem o fará no futuro", diz o anúncio.
Os seis principais países envolvidos na tentativa de levar o governo iraniano a suspender seu programa nuclear --EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Rússia e China-- ofereceram em junho um pacote de incentivos econômicos e políticos para convencer o Irã.
O pacote ainda está sobre a mesa de negociação, mas o Irã descumpriu o prazo dado pelo grupo --31 de agosto-- para a suspensão do programa. Depois disso, Reino Unido e França passaram a distribuir, em outubro, um esboço de resolução para adoção de sanções, que foi revisto diversas vezes desde então.
AIEA
O Parlamento iraniano aprovou hoje, um projeto de lei para a reconsideração de sua cooperação com a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), segundo a agência de notícias "Fars".
O projeto tem caráter geral e voltará à Câmara depois que uma comissão redigir a nova lei em detalhes. Se aprovada pelo Parlamento, terá que ser encaminhada ao Conselho dos Guardiões da revolução.
Em maio, o Parlamento iraniano ameaçou retirar-se do TNP (Tratado de Não-Proliferação Nuclear) se a pressão pela suspensão do programa nuclear do país. Em janeiro, a pedido da Câmara, o Irã se retirou do Protocolo Adicional do TNP, que permitia aos inspetores da AIEA realizar visitas de surpresa a instalações nucleares iranianas. EUA
O governo americano declarou esperar que a resolução aprovada ontem abra caminho para a adoção de medidas mais duras por parte de cada país, em particular a Rússia.
"Não achamos essa resolução suficiente por si só", disse o subsecretário de Estado, Nicholas Burns. "Queremos que os iranianos saibam que haverá um grande custo para eles."
Os governos da Rússia, China e do Qatar, ainda que tenham votado pela adoção da resolução, foram mais brandos quanto às sanções. Para que esses países votassem a favor da resolução, o texto teve de ser alterado --foi excluída, por exemplo, a restrição a viagens internacionais por parte de membros do governo iraniano envolvidos com os programas nuclear e de mísseis.
O embaixador da Rússia na ONU, Vitaly Churkin, disse que o governo russo concordou com a adoção das sanções porque se concentra em medidas que o Irã precisa adotar &qu.
"O Irã não se preocupa e não está incomodado quanto à aprovação da resolução do Conselho de Segurança (CS)" da ONU (Organização das Nações Unidas), disse Ahmadinejad, segundo a agência estatal iraniana de notícias Irna.
Presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, durante discurso na capital Teerã Ahmadinejad disse que a resolução "não afetará o Irã, mas os que a aprovaram logo lamentarão esse ato superficial e nulo". "Lamento por aqueles que perderam a oportunidade de [estabelecer] amizade com o Irã. Vocês mesmos sabem que não podem nem minimamente afetar o Irã", disse o presidente iraniano, segundo a Irna.
O CS da ONU aprovou por unanimidade neste sábado uma resolução para impor sanções contra o Irã devido à recusa do país em interromper seu programa nuclear.
A resolução determina que todos os países deixem de fornecer ao Irã materiais e tecnologia específicos que possam contribuir para os programas tanto nuclear como de mísseis do país, e também congela ativos de empresas e indivíduos que participam dos programas iranianos, cujos nomes constam de uma lista da ONU.
Se o Irã se recusar a acatar a determinação, a resolução alerta para a adoção de mais sanções de caráter não-militar.
Reação
A reação do governo iraniano ontem foi imediata: o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Ali Hosseini, disse que a resolução "não será um impedimento para o progresso nuclear iraniano".
O governo iraniano sustenta que o programa nuclear do país se destina apenas à geração de energia. A comunidade internacional, no entanto, alega que a intenção do país é direcionar suas atividades nucleares para a construção de uma bomba atômica.
Logo após o anúncio da aprovação da resolução, o Ministério de Relações Exteriores do Irã divulgou um comunicado no qual considera a decisão "um ato ilegal e vai contra a Carta da ONU". "A nação iraniana não delegou seu destino às decisões inválidas do CS, e nem o fará no futuro", diz o anúncio.
Os seis principais países envolvidos na tentativa de levar o governo iraniano a suspender seu programa nuclear --EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Rússia e China-- ofereceram em junho um pacote de incentivos econômicos e políticos para convencer o Irã.
O pacote ainda está sobre a mesa de negociação, mas o Irã descumpriu o prazo dado pelo grupo --31 de agosto-- para a suspensão do programa. Depois disso, Reino Unido e França passaram a distribuir, em outubro, um esboço de resolução para adoção de sanções, que foi revisto diversas vezes desde então.
AIEA
O Parlamento iraniano aprovou hoje, um projeto de lei para a reconsideração de sua cooperação com a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), segundo a agência de notícias "Fars".
O projeto tem caráter geral e voltará à Câmara depois que uma comissão redigir a nova lei em detalhes. Se aprovada pelo Parlamento, terá que ser encaminhada ao Conselho dos Guardiões da revolução.
Em maio, o Parlamento iraniano ameaçou retirar-se do TNP (Tratado de Não-Proliferação Nuclear) se a pressão pela suspensão do programa nuclear do país. Em janeiro, a pedido da Câmara, o Irã se retirou do Protocolo Adicional do TNP, que permitia aos inspetores da AIEA realizar visitas de surpresa a instalações nucleares iranianas. EUA
O governo americano declarou esperar que a resolução aprovada ontem abra caminho para a adoção de medidas mais duras por parte de cada país, em particular a Rússia.
"Não achamos essa resolução suficiente por si só", disse o subsecretário de Estado, Nicholas Burns. "Queremos que os iranianos saibam que haverá um grande custo para eles."
Os governos da Rússia, China e do Qatar, ainda que tenham votado pela adoção da resolução, foram mais brandos quanto às sanções. Para que esses países votassem a favor da resolução, o texto teve de ser alterado --foi excluída, por exemplo, a restrição a viagens internacionais por parte de membros do governo iraniano envolvidos com os programas nuclear e de mísseis.
O embaixador da Rússia na ONU, Vitaly Churkin, disse que o governo russo concordou com a adoção das sanções porque se concentra em medidas que o Irã precisa adotar &qu.
Fonte:
Folha Online
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/252302/visualizar/
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