Venda de passagens da TAM vai ser investigada
O presidente da Anac, Milton Zuanazzi, não descarta intervenções para que os problemas não se repitam. Oficialmente, porém, o "problema" da TAM não foi especificado, além da evidente falta de aviões para voar as rotas regulares. A frota da TAM é de 95 aviões, 85 deles em rotas nacionais. Segundo Zuanazzi, só 75 estavam em operação ontem.
O governo nega que a TAM tenha incorporado rotas que eram da Varig para as quais não teria capacidade operacional, principal hipótese estrutural para a "perda de controle da malha da empresa". Segundo a Anac, nenhuma autorização é emitida sem que se "mostre o avião". "É impossível isso acontecer", disse Zuanazzi.
Depois de ser obrigada a suspender a venda de passagens, a TAM precisou fretar 14 aviões para levar passageiros que já aguardam nos aeroportos. Oficialmente, só há confirmação da retirada temporária de seis Airbus 320 para uma manutenção não-programada na quarta -o que não é infração.
Sem retirar a culpa da TAM, a Anac afirmou que outros atrasos foram causados por dificuldades com falta de controladores do Cindacta-2, que controla o espaço aéreo da região Sul e metade de São Paulo. Segundo Zuanazzi, ocorreu controle de fluxo (espaçamento entre aeronaves) por cerca de uma hora.
Profissionais também citam a falta de tripulações. As empresas costumam manter equipes enxutas. Quando há atrasos, muitos pilotos e comissários ficam à espera em seu horário de serviço. Dependendo da demora, eles não podem mais decolar porque a jornada diária (de 11 horas em vôos nacionais simples) já está prestes a se esgotar.
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