Nova minissérie da Globo promete cenas de nudez

Enquanto atores experimentados como José Wilker e Vera Fischer suavam em bicas durante as gravações da minissérie Amazônia, que estréia dia 2 de janeiro na Globo, a estreante Suyanne Moreira, 24 anos, teve um refrescante privilégio. Nas chamadas que já estão sendo exibidas pela emissora, a modelo e agora atriz pode ser vista entrando nua num rio, em cena ousada. "Ah, não diz que a cena é ousada. Ela é bonita!", diz Suyanne.

Na série, escrita por Glória Perez e com previsão de 57 capítulos, ela é a índia Ianká, que encanta Augusto (Ronaldo Dappes), filho do coronel Firmino (José de Abreu) e irmão mais novo de Tavinho (Paulo Nigro), 23, outro que surge com o bumbum à mostra nos clipes da minissérie, em tórrida cena com Giovanna Antonelli.

"O máximo que eu havia feito de nu, antes disso, era uma cena de 'pós-transa', com Xuxa Lopes, em JK. Confesso que foi um pouco complicado. Quando vi depois o resultado, gostei, mas continuei morrendo de vergonha. Mas ator tem que suar, né?", resigna-se Paulo.

Tanto ele como Suyanne estão na primeira das três fases de Amazônia. Ela, ao contrário dele, sofreu menos para fazer a cena de nu no rio. "Ianká é uma índia da tribo Ashaninka. Eu me imaginei chegando em casa, tirando a roupa e entrando no banho. A casa de Ianká é a floresta, então eu tinha que estar muito à vontade na cena", explica a nova atriz, que foi descoberta pelo diretor Marcos Schetchman após ter participado do filme Árido Movie, de Lírio Ferreira.

Difícil, mesmo, para Suyanne, foi ter que decorar falas no dialeto ashaninka. "Eu e Eunice Bahia (a índia Ayani, na trama) tivemos apenas cinco horas de aulas com um índio da tribo. Foi a minha primeira cena", conta.

A ansiedade dos dois jovens atores, porém, é a mesma. "Está tudo sendo feito com muito empenho por toda a equipe. Tem tudo para dar certo e mexer fundo com a emoção do público", aposta Paulo Nigro. Seu personagem é um rico herdeiro, criado na Europa e obrigado pelo pai a voltar e assumir os negócios no Acre. "Ele odeia viver no mato, mas se diverte conquistando Delzuite (Giovanna Antonelli). Ela acaba engravidando e diz que o filho é ¿do boto¿, para não perder a honra", conta Paulo. Lendas populares e nudez em cena: alguém aí lembrou de Pantanal?

Cabaré animado de Galvez Amazônia ¿De Galvez a Chico Mendes foi escrita por Glória Perez em três etapas distintas, que têm como pano de fundo a história do Acre, do próspero (para poucos) Ciclo da Borracha, no fim do século 19, à luta e morte do líder ecológico Chico Mendes, em 1988.

Na primeira fase, José Wilker vive o empreendedor espanhol Luiz Galvez, que chega a Manaus em 1899 em busca de fortuna e se associa à cortesã Lola (Vera Fischer), com quem abre um animado cabaré, antes de iniciar seus planos de conquista do Acre.

José de Abreu vive o poderoso Firmino, seringalista que explora ao máximo seus empregados, como Bastião (Jackson Antunes), imigrante nordestino que sonha com uma vida melhor no Acre. Ele é pai de Delzuite e Bento (Thiago Oliveira), rapaz idealista que sonha com uma vida melhor para os seringueiros e conta com a amizade de Augusto. Este, por sua vez, não levará adiante o romance com Ianká. Suyanne, porém, seguirá na minissérie até o fim, em outros papéis.