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Pandemia de gripe pode matar 62 milhões de pessoas
Uma pandemia de uma nova, contagiosa e letal forma de gripe poderia matar em um ano o mesmo número de pessoas que morreu durante toda a Segunda Guerra Mundial, de acordo com uma estimativa publicada nesta quinta-feira pela revista científica The Lancet.
Num cálculo baseado na mortalidade da pandemia de "gripe espanhola", que se espalhou pelo mundo entre 1918 e 1920, pesquisadores americanos acreditam que 62 milhões de pessoas poderiam morrer num espaço de 12 meses se um agente patogênico similar emergisse hoje. A grande maioria das mortes (96%) ocorreria no mundo em desenvolvimento.
O estudo, liderado pelo professor Christopher Murraym, da Universidade de Harvard, é baseado nos registros de óbitos causados pela pandemia entre 1918 e 1920 em 27 países. Este dado foi depois transposto para toda a população mundial em 2004. Mas a estimativa também leva em consideração ganhos em prosperidade e acesso ao serviço de saúde desde 1918, assim como mudanças no tamanho e na idade das populações dos países.
A equipe de Murray acredita que entre 51 e 81 milhões de pessoas poderiam morrer, o que daria uma média de 62 milhões, se uma pandemia similar ocorresse. Historiadores estimam que a taxa de mortalidade na Segunda Guerra Mundial ficou entre 50 milhões e 62 milhões. Os 27 países incluem os Estados Unidos, as nações européias, a Argentina, a Índia e as Filipinas.
Lugar mais seguro O lugar mais seguro do mundo, no caso de uma pandemia, seria a Dinamarca, onde haveria um aumento de 0,2% sobre o patamar registrado em 2004. No outro lado da escala estaria a Índia, onde a mortalidade seria 20 vezes maior ou 4,39% do dado registrado em 2004.
Gripe aviária O estudo coincide com o medo relacionado com o vírus H5N1 da gripe aviária, um vírus letal e contagioso que circula entre as aves. O medo é de que este vírus possa sofrer uma mutação e se tornar facilmente transmissível aos humanos, criando, como em 1918 e em duas outras pandemias de gripe do último século, um novo patógeno contra o qual ninguém teria imunidade natural.
Murray disse que a alta taxa de mortalidade e sua preponderância em países em desenvolvimento poderia ser explicada pelo acesso desigual à vacinação, drogas antivirais e tratamento rápido com antibióticos para tratar infecções secundárias como pneumonia. "A expectativa de mortalidade hoje na Índia é menor do que em 1918 porque houve avanços significativos" na prosperidade indiana desde então, disse Murray.
"A expectativa de mortalidade para a África subsaariana é provavelmente muito similar à de 1918 porque não houve uma grande mudança na renda per capita". Mas, disse ele, "vimos uma forte relação entre mortalidade e renda em 1918-20, e essa relação era tão forte que não podemos dizer que algo diferente ocorreria se uma nova pandemia de gripe acontecesse de novo".
Murray afirmou que as descobertas levantam questões preocupantes sobre a preparação de países pobres para enfrentar uma pandemia de gripe, como uma provisão de antivirais para tornar mais lenta a propagação da pandemia e a distribuição de vacinas contra o novo vírus.
"A maior parte da política pública global destinada à detecção precoce, vigilância e planos nacionais para combater a pandemia vai beneficiar países ricos ou de renda média", afirmou ele. "Não há uma política que estimule coisas práticas que poderiam ser feitas por países pobres ou em desenvolvimento e são estes que serão mais afetados por uma pandemia", acrescentou.
Os historiadores da medicina divergem sobre a taxa de mortalidade da pandemia de 1918-20, que irrompeu nas trincheiras da Frente Ocidental na Europa no final da Primeira Guerra Mundial. Estimativas variam entre 25 e 50 milhões de mortos, mas as mais elevadas dão conta de que o número de mortos foi três vezes mais elevado do que o do conflito de 1914-18.
Num cálculo baseado na mortalidade da pandemia de "gripe espanhola", que se espalhou pelo mundo entre 1918 e 1920, pesquisadores americanos acreditam que 62 milhões de pessoas poderiam morrer num espaço de 12 meses se um agente patogênico similar emergisse hoje. A grande maioria das mortes (96%) ocorreria no mundo em desenvolvimento.
O estudo, liderado pelo professor Christopher Murraym, da Universidade de Harvard, é baseado nos registros de óbitos causados pela pandemia entre 1918 e 1920 em 27 países. Este dado foi depois transposto para toda a população mundial em 2004. Mas a estimativa também leva em consideração ganhos em prosperidade e acesso ao serviço de saúde desde 1918, assim como mudanças no tamanho e na idade das populações dos países.
A equipe de Murray acredita que entre 51 e 81 milhões de pessoas poderiam morrer, o que daria uma média de 62 milhões, se uma pandemia similar ocorresse. Historiadores estimam que a taxa de mortalidade na Segunda Guerra Mundial ficou entre 50 milhões e 62 milhões. Os 27 países incluem os Estados Unidos, as nações européias, a Argentina, a Índia e as Filipinas.
Lugar mais seguro O lugar mais seguro do mundo, no caso de uma pandemia, seria a Dinamarca, onde haveria um aumento de 0,2% sobre o patamar registrado em 2004. No outro lado da escala estaria a Índia, onde a mortalidade seria 20 vezes maior ou 4,39% do dado registrado em 2004.
Gripe aviária O estudo coincide com o medo relacionado com o vírus H5N1 da gripe aviária, um vírus letal e contagioso que circula entre as aves. O medo é de que este vírus possa sofrer uma mutação e se tornar facilmente transmissível aos humanos, criando, como em 1918 e em duas outras pandemias de gripe do último século, um novo patógeno contra o qual ninguém teria imunidade natural.
Murray disse que a alta taxa de mortalidade e sua preponderância em países em desenvolvimento poderia ser explicada pelo acesso desigual à vacinação, drogas antivirais e tratamento rápido com antibióticos para tratar infecções secundárias como pneumonia. "A expectativa de mortalidade hoje na Índia é menor do que em 1918 porque houve avanços significativos" na prosperidade indiana desde então, disse Murray.
"A expectativa de mortalidade para a África subsaariana é provavelmente muito similar à de 1918 porque não houve uma grande mudança na renda per capita". Mas, disse ele, "vimos uma forte relação entre mortalidade e renda em 1918-20, e essa relação era tão forte que não podemos dizer que algo diferente ocorreria se uma nova pandemia de gripe acontecesse de novo".
Murray afirmou que as descobertas levantam questões preocupantes sobre a preparação de países pobres para enfrentar uma pandemia de gripe, como uma provisão de antivirais para tornar mais lenta a propagação da pandemia e a distribuição de vacinas contra o novo vírus.
"A maior parte da política pública global destinada à detecção precoce, vigilância e planos nacionais para combater a pandemia vai beneficiar países ricos ou de renda média", afirmou ele. "Não há uma política que estimule coisas práticas que poderiam ser feitas por países pobres ou em desenvolvimento e são estes que serão mais afetados por uma pandemia", acrescentou.
Os historiadores da medicina divergem sobre a taxa de mortalidade da pandemia de 1918-20, que irrompeu nas trincheiras da Frente Ocidental na Europa no final da Primeira Guerra Mundial. Estimativas variam entre 25 e 50 milhões de mortos, mas as mais elevadas dão conta de que o número de mortos foi três vezes mais elevado do que o do conflito de 1914-18.
Fonte:
AFP
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/252770/visualizar/
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