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Nacional
Quinta - 21 de Dezembro de 2006 às 14:33

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O CMN (Conselho Monetário Nacional) cedeu hoje a pressões de bancos e Estados e decidiu adiar a entrada em vigor da conta-salário.

Esse instrumento permite que trabalhadores transfiram dinheiro do banco em que sua empresa deposita o salário para outra instituição financeira automaticamente e sem nenhum custo.

O governo anunciou a medida com a expectativa de que a maior facilidade para trocar de banco estimulasse a competição entre as instituições financeiras. Seria, portanto, uma forma de pressionar os bancos a baixar tarifas e "spreads" (ganho bruto com operações de crédito).

Hoje, entretanto, o CMN (Conselho Monetário Nacional) decidiu que a conta-salário, que deveria entrar em vigor em janeiro, só começará a existir em abril para os trabalhadores da iniciativa privada.

A decisão beneficia diretamente os bancos, que pressionavam o governo com a afirmação de que não tiveram tempo de adaptar seus sistemas à mudança --apesar de a medida ter sido anunciada há cerca de três meses.

Além disso, o CMN também excluiu os servidores públicos estaduais e municipais da conta-salário. Esses servidores só poderão abrir esse tipo de conta a partir de 2012. Até lá, Estados e municípios poderão continuar a arrecadar recursos com o leilão de suas folhas de pagamento entre as instituições financeiras.

A decisão do CMN atende a pleitos de governadores eleitos como José Serra (PSDB-SP), Aécio Neves (PSDB-MG) e Jaques Wagner (PT-BA), que afirmavam que não podiam abrir dessa receita.





Fonte: Folha Online

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