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Agronegócios
Quinta - 21 de Dezembro de 2006 às 11:04

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O agronegócio responderá por mais de 90% do saldo comercial brasileiro neste ano, estimado em US$ 44 bilhões, destacou o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luís Carlos Guedes Pinto, ao fazer um balanço das ações de sua pasta em 2006 e projetar as prioridades para 2007.

De acordo com ele, o superávit do setor deverá ser de US$ 42,5 bilhões, resultado de exportações de US$ 49 bilhões contra importações de US$ 6,5 bilhões. O ministro ressaltou ainda que a agricultura nacional está começando a se recuperar da crise enfrentada nas últimas duas safras (2004/2005 e 2005/2006).

– As exportações totais do agronegócio brasileiro praticamente duplicaram neste ano, em relação a 2002, quando somaram US$ 24,8 bilhões – assinalou Guedes.

De acordo com ele, o setor de carnes teve importante contribuição nesse crescimento. Em 2001, lembrou, as vendas externas do complexo carnes totalizaram US$ 1,9 bilhão.

– Nos últimos 12 meses, alcançaram US$ 8,6 bilhões, ou seja, mais do que quadruplicaram nesses cinco anos – garantiu.

Ele diz que hoje o Brasil é o maior exportador mundial da carne bovina, e a previsão é de que os embarques ultrapassem US$ 3,6 bilhões em 2006.

Otimismo para 2007

O ministro também traçou um cenário mais favorável à agricultura no próximo ano:

– Há um claro processo de recuperação do setor. Os últimos números da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostram que a safra de grãos 2006/2007, por exemplo, será ligeiramente superior à passada, devendo alcançar 120,2 milhões de toneladas.

Ele prevê ainda uma melhora na renda do produtor, graças à redução dos custos de produção e à recuperação dos preços das commodities, como soja, milho, café, açúcar, álcool e suco de laranja.

Além desses dois fatores, enfatizou Guedes, as ações do governo federal tiveram contribuição importante na recuperação do setor.

– Só para renegociação das dívidas rurais, o montante autorizado foi de R$ 20 bilhões. Até ontem, os débitos renegociados somavam R$ 16 bilhões – explicou.

Ele recordou também que o Palácio do Planalto destinou outros R$ 3,24 bilhões para apoiar a comercialização, permitindo o financiamento e compra de 22 milhões de toneladas de grãos por meio dos instrumentos da política agrícola.

Promessa de uma nova política agrícola

Guedes afirmou que o Ministério da Agricultura está preocupado em construir um novo modelo de política agrícola. A proposta esboçada até o momento, revelou, prevê medidas que busquem a redução da oscilação da renda do setor agropecuário:

– Precisamos dispor de instrumentos anticíclicos. Para tanto, devemos expandir o seguro agrícola e as operações no mercado de futuros.

Ao fazer o balanço das atividades de 2006, o ministro relacionou as prioridades da pasta para 2007: defesa sanitária (programas de sanidade e de alimento seguro), recursos para pesquisa agropecuária, reforço do diálogo com a sociedade por meio das Câmaras Setoriais e Temáticas (hoje são 30 câmaras), associativismo e cooperativismo, negociações internacionais, agroenergia e investimento na qualificação dos servidores do Ministério da Agricultura.





Fonte: Agrol

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