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Polícia Brasil
Quinta - 21 de Dezembro de 2006 às 10:49

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O MPE (Ministério Público Estadual) enviou à Justiça a denúncia contra quatro pessoas por envolvimento na morte de Murilo Alcalde e Eliane Ortiz, cujos corpos foram encontrados no dia 21 de junho do ano passado em um motel de Campo Grande.

De acordo com o promotor Clóvis Smaniotto, o juiz Aluísio Pereira dos Santos, em substituição na 1ª Vara do Tribunal do Júri, recebeu na segunda-feira e aceitou no dia seguinte a denúncia contra Irio Vilmar Rodrigues, o sargento da PM (Polícia Militar) Getúlio Moreli, o cabo Adriano de Araújo Mello e uma quarta pessoa que está foragida.

Eles foram indiciados por duplo homicídio com cinco qualificações: motivo torpe, surpresa, recurso que dificultou a defesa da vítima, asfixia e dissimulação dos corpos, que foram deixados no motel.

A denúncia foi feita após um ano e meio da morte dos jovens. A investigação sobre o caso teve início com a Polícia Civil, que chegou a designar vários delegados, mas o inquérito foi concluído em outubro de 2005 sem apontar a motivação, autoria e nem as circunstâncias do crime. Morelli e Mello chegaram a ser presos na época e foram indiciados.

O Unicoc (Unidade Integrada de Combate ao Crime Organizado) assumiu as investigações após a conclusão do inquérito. Houve tentativa de continuar a apuração através da Polícia Militar, o que foi negado pela Justiça. Em junho deste ano uma testemunha procurou o MPE e relatou em detalhes o crime, que teria sido cometido pelos dois policiais presos, Rodrigues, que seria traficante em Mato Grosso, a pessoa que está foragida e um outro policial ainda não identificado.

Moreli foi preso na manhã do dia 29 de novembro no Comando da PM. Adriano no dia anterior, em casa. Ele estava de licença médica. Os dois e Rodrigues , preso no dia 25, estão sob custódia da Polícia Federal a pedido do MP. Eles tiveram prisão preventiva decretada.

Conforme relato da testemunha ao MPE, Eliane, que trabalhava como garota de programa na boate Mariza’s American Bar, atuava também na venda de entorpecentes que seria distribuído por Morelli e Mello, a mando de Rodrigues. Ela não teria prestado contas aos policiais da comercialização de três quilos de cocaína e teria ainda ameaçado denunciar o esquema. Por conta disso, os três decidiram matá-la e pediram ajuda ao que está foragido e ao outro policial.

Segundo foi informado ao promotor, os policiais e o traficante pensaram que Murilo poderia ser um policial, e que Eliane seria uma informante dele. Passaram, então, a monitorar ambos. Na noite de 20 de junho, os jovens estavam na boate. Ambos foram mortos em um local afastado e os corpos deixados no motel. O promotor vai detalhar a denúncia nesta quinta-feira, durante entrevista.





Fonte: Campo Grande News

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