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Costureira teve um AVC, está no box de emergência da unidade e família diz que ela corre risco de morte
Faltam vagas na UTI e medicamentos no PS
Médico diz que já foram solicitados os materiais, mas administração não fez a compra, o que prejudica o trabalho
A falta de vagas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande e de materiais para procedimentos cirúrgicos – conforme médicos da própria unidade – tem colocado a vida de pacientes em risco.
Vítima de um derrame ocorrido há 14 dias, a costureira Naíde dos Anjos Torres, 47 anos, estava, até ontem, no box de emergência no aguardo de uma cirurgia para retirada do excesso de sangue que se acumulou na sua cabeça.
Ela já havia passado por uma cirurgia há sete dias, mas, devido ao problema, um novo procedimento se fez necessário. Por conta da falta do aparelho (que custa aproximadamente R$ 800,00) para drenar o sangue, a operação não aconteceu, de acordo com familiares e médicos do pronto-socorro.
“Se continuar desse jeito ela vai morrer”, afirmou o marido de Naíde, Eudes de Souza, 53 anos.
A versão foi confirmada pelo médico Giovani Mendes. Segundo ele, além do respectivo aparelho, o pronto-socorro carece de respiradores e materiais para cirurgias, além de vagas na UTI.
“Já solicitamos [à direção da unidade] a compra dos materiais, porém não fomos atendidos”, contou.
A cirurgia de Naíde, porém, foi assegurada somente após a reportagem do DIÁRIO questionar a situação com o subsecretário de Saúde de Várzea Grande, Renato Tetilla.
Segundo ele, não faltam materiais no pronto-socorro e Naíde, assim como pelo menos outros três pacientes, não foram atendidos até o momento devido à falta de vagas na UTI.
“Temos os materiais, o problema é na UTI, que não possui vagas para todos”, reconheceu.
Tetilla disse que, com a morte de uma paciente ocorrida nesta segunda-feira (18), Naíde seria transferida para a UTI e operada ainda hoje.
O pronto-socorro de Várzea Grande dispõe de 10 leitos na UTI. Conforme o subsecretário, muitas vezes os pacientes que se encontram no box de emergência, aguardando há dias por uma vaga na UTI, ficam mais tempo na fila de espera porque pessoas de outras cidades são atendidas primeiro.
“As vagas são controladas pelo Estado. Tenho que obedecer uma lista de sequência”, argumentou.
A reportagem entrou em contato com a secretária de Saúde do município, Jaqueline Guimarães, mas as ligações não foram atendidas. Ela é esposa do prefeito da cidade, Wallace Guimarães.
Os dois são médicos e, antes de entrarem para a política, trabalharam no pronto-socorro de Várzea Grande.
Vítima de um derrame ocorrido há 14 dias, a costureira Naíde dos Anjos Torres, 47 anos, estava, até ontem, no box de emergência no aguardo de uma cirurgia para retirada do excesso de sangue que se acumulou na sua cabeça.
Ela já havia passado por uma cirurgia há sete dias, mas, devido ao problema, um novo procedimento se fez necessário. Por conta da falta do aparelho (que custa aproximadamente R$ 800,00) para drenar o sangue, a operação não aconteceu, de acordo com familiares e médicos do pronto-socorro.
“Se continuar desse jeito ela vai morrer”, afirmou o marido de Naíde, Eudes de Souza, 53 anos.
A versão foi confirmada pelo médico Giovani Mendes. Segundo ele, além do respectivo aparelho, o pronto-socorro carece de respiradores e materiais para cirurgias, além de vagas na UTI.
“Já solicitamos [à direção da unidade] a compra dos materiais, porém não fomos atendidos”, contou.
A cirurgia de Naíde, porém, foi assegurada somente após a reportagem do DIÁRIO questionar a situação com o subsecretário de Saúde de Várzea Grande, Renato Tetilla.
Segundo ele, não faltam materiais no pronto-socorro e Naíde, assim como pelo menos outros três pacientes, não foram atendidos até o momento devido à falta de vagas na UTI.
“Temos os materiais, o problema é na UTI, que não possui vagas para todos”, reconheceu.
Tetilla disse que, com a morte de uma paciente ocorrida nesta segunda-feira (18), Naíde seria transferida para a UTI e operada ainda hoje.
O pronto-socorro de Várzea Grande dispõe de 10 leitos na UTI. Conforme o subsecretário, muitas vezes os pacientes que se encontram no box de emergência, aguardando há dias por uma vaga na UTI, ficam mais tempo na fila de espera porque pessoas de outras cidades são atendidas primeiro.
“As vagas são controladas pelo Estado. Tenho que obedecer uma lista de sequência”, argumentou.
A reportagem entrou em contato com a secretária de Saúde do município, Jaqueline Guimarães, mas as ligações não foram atendidas. Ela é esposa do prefeito da cidade, Wallace Guimarães.
Os dois são médicos e, antes de entrarem para a política, trabalharam no pronto-socorro de Várzea Grande.
Fonte:
Do DC
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/25331/visualizar/
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