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Cidades/Geral
Terça - 19 de Dezembro de 2006 às 14:05

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O delegado da Policia Federal Ramón Almeida da Silva afirmou há pouco que "grande parte" do depoimento dos pilotos do Legacy, que colidiu com o avião da Gol, em setembro deste ano, está em consonância com as provas obtidas no inquérito que apura as causas do acidente. Silva explicou que os pilotos teriam ficado em silêncio quando perguntados sobre se houve dificuldade de comunicação entre eles e os controladores de vôo em razão do emprego da língua inglesa na troca de informações técnicas. "Eles ficaram em silêncio, esse é um direito constitucional deles", disse.

O delegado também garantiu que o indiciamento dos pilotos não teve caráter político e que não sofreu pressões da Aeronáutica, companhias de seguro, empresas aéreas ou autoridades quanto ao andamento das investigações sobre o acidente. "Nenhuma pressão ou interferência foi exercida, não recebi nenhum bilhete para que a investigação adotasse este ou aquele rumo", afirmou. Silva disse que não existe prazo para a conclusão do inquérito da PF sobre o acidente. Segundo ele, a questão é complexa e sem precedentes na instituição.

O inquérito aberto pela PF para investigar o choque entre o avião da Gol e o jato Legacy não servirá para apurar as condições de segurança do tráfego aéreo brasileiro,mas apenas para encontrar respostas que expliquem a causa do acidente que matou 154 pessoas no norte de Mato Grosso, em setembro deste ano. A explicação foi dada há pouco pelo delegado da PF Ramon Almeida da Silva, em resposta ao senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA). Ao ser questionado por que o avião da Gol não foi avisado sobre a colisão iminente, o delegado disse que preferia abordar esses detalhes no final da reunião, em encontro reservado com os parlamentares, pois o inquérito sobre a tragédia reúne informações de caráter confidencial que estariam sob segredo de Justiça.

O delegado da Polícia Federal Ramón Almeida da Silva afirmou em audiência publica na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), que há fortes indícios de que o sistema anti-colisão do avião Legacy estava desligado no momento da colisão com um avião da Gol. O acidente, ocorrido no dia 29 de setembro deste ano, provocou a morte de 154 pessoas. Os passageiros do Legacy sobreviveram à tragédia.

- Não sabemos como ocorreu, ainda não sabemos o porquê e as investigações talvez nem respondam. Talvez um desligamento involuntário, ainda não sabemos. Mas há registro de que o Legacy voou por mais de cinqüenta minutos com o sistema desligado.Não acredito que o sistema tenha sido desligado voluntariamente, como divulgado inicialmente pela imprensa, até porque o Legacy manteve a rota e a altitude constante desde a partida até a colisão - disse o delegado





Fonte: Agência Senado

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