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Nacional
Segunda - 18 de Dezembro de 2006 às 23:44

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A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) detectou nova mortandade de peixes no Rio dos Sinos, entre os municípios de São Leopoldo e Sapucaia do Sul (RS). Os cálculos iniciais indicam que desde sábado morreram cerca de 15 toneladas de peixes. O diretor técnico da Fepam, André Milanez, diz que a identificação da causa do desastre ambiental dependerá das análises dos peixes, da água e dos sedimentos encontrados no rio.

Milanez admite, no entanto, que é provável que a mortandade seja resultado da combinação de descartes clandestinos de efluentes químicos, descarga permanente de esgoto residencial, calor superior a 30 graus por mais de cinco dias consecutivos e baixa vazão do rio nesta época do ano, fatores que retiram o oxigênio da água. Uma medição feita no final de semana indicou que o índice de oxigênio dissolvido no rio não passava de 0,6 miligrama por litro no local do desastre, quando o aceitável é de pelo menos 5 miligramas por litro.

Para conter a mortandade, a Fepam deve injetar oxigênio puro da água a partir de amanhã, com dois equipamentos instalados em diferentes locais do rio. Milanez reconhece que a medida é paliativa. As soluções, todas de longo prazo, seriam tratar os esgotos, reflorestar as margens e não drenar os banhados que regulam o volume de água do rio.

Este é o segundo desastre ecológico na região em menos de três meses. O primeiro ocorreu no início de outubro, quando foram retiradas do rio 85 toneladas de peixes mortos. A Fepam e o Ministério Público Estadual apontaram a empresa Utresa como a principal responsável pela poluição que provocou aquela tragédia ambiental.





Fonte: AE

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