Agricultura de MT é a atividade que mais espalha riquezas no País
O setor mais concentrado da economia brasileira é o de serviços. Apenas três cidades (São Paulo, rio e Brasília) respondem por 25% do PIB nesse tipo de atividade; 47 por metade.
Agricultura
A soja foi responsável por colocar o município de Sorriso em Mato Grosso no topo das cidades que concentram as maiores riquezas agrícolas do país. Mas foi a laranja o produto que deu ao estado de São Paulo o maior número de cidades na lista das dez mais ricas. Entre os municípios paulistas que se destacaram estão Itápolis, Mogi Guaçu, Itapetininga, Aguaí e Casa Branca.
Na outra ponta estão cerca de 900 municípios brasileiros, que respondem por menos de 1% do PIB da agricultura. Nesse grupo estão todas as cidades de Roraima e cerca de 70 dos municípios do Rio Grande do Norte, Piauí e Paraíba.
Indústria
Na indústria a concentração das riquezas se mostrou ainda maior. Cerca de 3.000 cidades respondem por menos de 1% do PIB do setor. São pequenas localidades que respondem por menos de 15% da população brasileira. Enquanto isso, pouca mais de 25% da população vive nos 50 municípios que representam metade do PIB da indústria.
Os dados do IBGE mostram que essa concentração não está mais localizada nas capitais, e sim na indústria do petróleo. As dez cidades que mais aumentaram sua participação no PIB da indústria são justamente aqueles cujas economias dependem praticamente dessa atividade, como no caso das cidades fluminenses de Campos, Macaé e Rio das Ostras (as três líderes nesse ranking). Por outro lado, as cinco cidades que mais perderam participação são todas capitais de seus estados. Rio e São Paulo, por exemplo, que representavam 15% do PIB da indústria em 1999, respondem hoje por 10,8%.
Serviços
O principal dado divulgado na pesquisa do IBGE foi o crescimento das cidades do interior brasileiro em relação à capitais. Esse dado, no entanto, não aparece no setor de serviços. As capitais estaduais representam juntas quase 40% do PIB desse setor, sendo que apenas três ficam com 25% das riquezas (São Paulo, Rio e Brasília). A capital federal foi inclusive a cidade que mais cresceu nessa área. Em São Paulo, a capital viu sua fatia diminuir, ao mesmo tempo em que cresceu a participação dos municípios da região metropolitana, onde os impostos para esse setor são menores.
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