Pilotos do Legacy são réus em processo cível nos EUA
O processo foi movido pelo escritório de advocacia Lieff Cabraser Heimann & Bernstein, sócio do advogado Leonardo Amarante nos Estados Unidos.
Por telefone, após a audiência realizada nesta segunda-feira, Amarante deu a notícia da inclusão dos pilotos à reportagem da Folha Online e afirmou que o procedimento "diminuiu o sentimento de impunidade que ficou após a liberação deles".
Lepore e Paladino ficaram impedidos de deixar o Brasil durante mais de dois meses, após o acidente. Eles foram liberados pela Justiça brasileira apenas no último dia 8, depois de serem indiciados pela PF (Polícia Federal) pelo crime de expor ao perigo uma embarcação ou uma aeronave, na modalidade culposa (sem intenção de matar).
Segundo o advogado, o processo movido em Nova York pede indenizações à ExcelAire, proprietária do Legacy que bateu contra o Boeing no ar; à Honeywell, fabricante do sistema anticolisão de ambas aeronaves; e, agora, aos pilotos.
A inclusão dos pilotos foi estratégica, ainda segundo Amarante. Desta forma, ele acredita que é mais provável que o processo fique na Justiça americana e não seja enviado ao Brasil, como querem os advogados das empresas. "Nos EUA, as indenizações são maiores."
A decisão final sobre a quem caberá julgar o caso deverá sair até abril do ano que vem.
Por telefone, a reportagem pediu um posicionamento da ExcelAire e dos advogados dos pilotos, mas ainda não obteve resposta.
O Boeing da Gol caiu em uma região de mata fechada de Mato Grosso depois de bater no ar contra o Legacy da ExcelAire, sediada em Nova York. Todos os ocupantes do avião comercial morreram. O Legacy, mesmo avariado, conseguiu pousar e seus sete ocupantes --seis norte-americanos-- saíram ilesos
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