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Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Segunda - 18 de Dezembro de 2006 às 15:20

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O processo de envelhecimento da população e a persistência das desigualdades sociais e regionais nas próximas duas décadas são algumas das principais conclusões do estudo Indicadores Sociodemográficos Prospectivos para o Brasil 1991-2030, projeto inédito do IBGE, em parceria com o Fundo de População das Nações Unidas (ONU).

O estudo demonstra que os indicadores de fecundidade e de mortalidade correspondentes às regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste permanecerão, nos próximos anos, em níveis mais baixos que os das regiões Norte e Nordeste. Em relação à esperança de vida ao nascer, todas as grandes regiões estarão em níveis próximos aos 80 anos. Já com relação à fecundidade, os números médios de filhos por mulher tenderão a não garantir a reposição das gerações, sobretudo nas Regiões Nordeste e Sul, que deverão permanecer com balanço negativo entre entradas e saídas de pessoas devido à migração.

A fecundidade também deverá ter aumento entre as mulheres jovens. As mortalidades no primeiro ano de vida e dos menores de 5 anos de idade continuarão em suas trajetórias de declínio, atingindo níveis abaixo de 10%o(dez mortes a cada mil nascidos vivos), no Sudeste, Sul e Centro-Oeste brasileiros, e patamares superiores a este no Norte e Nordeste.

Para o total do país, a taxa de mortalidade infantil, bem como a probabilidade de um recém-nascido falecer antes de completar o quinto ano de vida alcançarão, em 2030, 11,53%o e 15,98%o, respectivamente, cifras que garantem, ao menos se considerada a média nacional, o cumprimento do Quarto Objetivo do Milênio1, que diz respeito à redução da mortalidade na infância. O estudo demonstrou que, se não forem tomadas medidas eficazes de redução da violência e dos acidentes de trânsito, a mortalidade masculina poderá se tornar cinco vezes maior que a mortalidade feminina, no Sudeste.

O estudo demonstra as principais características do processo de transformação do perfil demográfico brasileiro, no horizonte até 2030, tanto no nível nacional, como no contexto das unidades da federação. Entre as informações, destacam-se a redução das taxas de mortalidade, o aumento da esperança de vida, a queda na taxa de fecundidade, entre outros.

A partir destes indicadores, o IBGE poderá estruturar um Sistema de Projeções Populacionais por Sexo e por Idade para o período 1991-2030, incorporando os 26 estados e o Distrito Federal. O estudo objetiva fornecer indicativos da provável trajetória dos principais parâmetros, tendo em vista as conquistas já obtidas até o início da presente década. Também auxilia na avaliação das políticas sociais, particularmente no tocante à redução da mortalidade na infância e nas ações para amenizar as desigualdades sociais.





Fonte: AMM

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