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Final do Mundial de Clubes escancara abismo entre continentes
No papel, está cada vez mais difícil para os times sul-americanos vencer os esquadrões europeus no Mundial de Clubes. E a edição deste ano escancara de vez a "teoria da concentração de craques" em alguns poucos clubes europeus que o presidente da Fifa, Joseph Blatter, quer tanto derrubar em 2007.
O Barcelona venceu por 4 a 0 o América, do México, com quatro gols de jogadores que não são espanhóis. O time catalão levou 14 estrangeiros para o Japão, um a menos do que fez o Liverpool no ano passado.
Os atuais campeões europeus usaram na estréia nove forasteiros e, se outros dois jogarem domingo, poderá igualar o Bayern-2001 como o campeão mundial de clubes que mais aproveitou jogadores não-nascidos em seu país.
O Internacional, representante da Conmebol neste ano, conta no Japão com apenas dois estrangeiros (o peruano Hidalgo e o colombiano Vargas). Fez seus gols até agora com adolescentes revelados pelo próprio clube. Em 2005, com só um forasteiro (Lugano), o São Paulo bateu o campeão europeu e virou meio que exemplo ao presidente da Fifa.
"O que está acontecendo faz o desenvolvimento do futebol correr risco. É fato que em algumas ligas os mais ricos ficam mais ricos, e os pobres ficam mais pobres. Isto não é futebol. O plano de seis mais cinco vai logo entrar em vigor, com certeza", disse Joseph Blatter.
O plano é obrigar os clubes a utilizar em campo ao menos seis jogadores nascidos no próprio país, uma forma de revelar mais talentos locais e "equilibrar" o futebol mundial.
"Isso vai significar maior identificação entre clubes e torcedores. Dará mais oportunidade aos jogadores talentosos. Aliviará a pressão financeira sobre os clubes quando estão promovendo jogadores de seus próprios programas de treinamento", afirma o dirigente.
O G14, grupo que reúne os clubes mais poderosos da Europa, já se movimenta para abafar o movimento da Fifa para impor limite de estrangeiros. Com base no caso Bosman, que revolucionou o mercado nos anos 90, os clubes alegam que é ilegal o limite, que deixava os times antes mais "parelhos".
Nos últimos 11 Mundiais disputados no Japão, só três foram ganhos por sul-americanos, todos em jogos sofridos. Até os anos 80, os europeus usavam também poucos estrangeiros.
"Se eles [clubes milionários] pudessem ter só cinco estrangeiros, deixariam de comprar os melhores atletas a preços exorbitantes", disse Blatter, fazendo referência mais ao Chelsea de Roman Abramovich.
Blatter daria entrevista neste sábado no Japão, mas o evento foi transferido para domingo, antes da final. O suíço, que defende o Mundial de Clubes por oferecer chances a todos os continentes, mesmo os de menor tradição no futebol, clama por uma cruzada contra a "concentração de poder no futebol".
Ele espera que ligas nacionais imponham limite de estrangeiros, como ocorre no Brasil --o Inter não pode usar mais de três forasteiros.
O Barcelona venceu por 4 a 0 o América, do México, com quatro gols de jogadores que não são espanhóis. O time catalão levou 14 estrangeiros para o Japão, um a menos do que fez o Liverpool no ano passado.
Os atuais campeões europeus usaram na estréia nove forasteiros e, se outros dois jogarem domingo, poderá igualar o Bayern-2001 como o campeão mundial de clubes que mais aproveitou jogadores não-nascidos em seu país.
O Internacional, representante da Conmebol neste ano, conta no Japão com apenas dois estrangeiros (o peruano Hidalgo e o colombiano Vargas). Fez seus gols até agora com adolescentes revelados pelo próprio clube. Em 2005, com só um forasteiro (Lugano), o São Paulo bateu o campeão europeu e virou meio que exemplo ao presidente da Fifa.
"O que está acontecendo faz o desenvolvimento do futebol correr risco. É fato que em algumas ligas os mais ricos ficam mais ricos, e os pobres ficam mais pobres. Isto não é futebol. O plano de seis mais cinco vai logo entrar em vigor, com certeza", disse Joseph Blatter.
O plano é obrigar os clubes a utilizar em campo ao menos seis jogadores nascidos no próprio país, uma forma de revelar mais talentos locais e "equilibrar" o futebol mundial.
"Isso vai significar maior identificação entre clubes e torcedores. Dará mais oportunidade aos jogadores talentosos. Aliviará a pressão financeira sobre os clubes quando estão promovendo jogadores de seus próprios programas de treinamento", afirma o dirigente.
O G14, grupo que reúne os clubes mais poderosos da Europa, já se movimenta para abafar o movimento da Fifa para impor limite de estrangeiros. Com base no caso Bosman, que revolucionou o mercado nos anos 90, os clubes alegam que é ilegal o limite, que deixava os times antes mais "parelhos".
Nos últimos 11 Mundiais disputados no Japão, só três foram ganhos por sul-americanos, todos em jogos sofridos. Até os anos 80, os europeus usavam também poucos estrangeiros.
"Se eles [clubes milionários] pudessem ter só cinco estrangeiros, deixariam de comprar os melhores atletas a preços exorbitantes", disse Blatter, fazendo referência mais ao Chelsea de Roman Abramovich.
Blatter daria entrevista neste sábado no Japão, mas o evento foi transferido para domingo, antes da final. O suíço, que defende o Mundial de Clubes por oferecer chances a todos os continentes, mesmo os de menor tradição no futebol, clama por uma cruzada contra a "concentração de poder no futebol".
Ele espera que ligas nacionais imponham limite de estrangeiros, como ocorre no Brasil --o Inter não pode usar mais de três forasteiros.
Fonte:
Terra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/253878/visualizar/
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