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Economia
Sábado - 16 de Dezembro de 2006 às 10:34

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O novo presidente do Banco do Brasil, Antônio Francisco Lima Neto, afirmou que não pretende reduzir a participação de filiados do PT na administração do banco e que não está preocupado com um suposto aparelhamento do BB por parte do partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ontem, em encontro com jornalistas, Lima Neto tentou desvincular de questões políticas as substituições de dirigentes do BB vinculados ao PT feitas pelo seu antecessor, Rossano Maranhão.

"É uma extrema injustiça essa alcunha que sempre pairou sobre o Rossano, de "caçador de petistas". Ele nunca se pautou por essa questão", disse.

A troca de vice-presidentes filiados ao partido do presidente Lula foi uma das condições impostas por Rossano ao então ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) para ser efetivado no cargo, no início do ano passado. A negociação ocorreu após a divulgação do envolvimento de ex-diretor de marketing Henrique Pizzolato na compra de ingressos para show destinado a arrecadar recursos para o PT.

Valerioduto

Na época do episódio, o presidente do BB era Cássio Casseb, que tentou demitir Pizzolato e não conseguiu. Acabou se demitindo do cargo. Meses depois, Pizzolato foi envolvido também no escândalo do valerioduto. Além disso, durante as eleições deste ano, o ex-diretor da área de risco Expedito Veloso participou da montagem de dossiê contra políticos do PSDB, colocando o BB no centro da crise. Veloso --que era subordinado diretamente ao vice-presidente Adézio Lima, vinculado ao PT-- foi exonerado do cargo.

Lima Neto assumiu interinamente o cargo depois do anúncio da saída de Maranhão, na segunda-feira. Ele disse que não pretende fazer mudanças nos cargos de primeiro escalão do banco. "As pessoas que estão no comando do Banco do Brasil chegaram lá por habilidade técnica. Existem muitas pessoas boas no banco que são do PT."

O primeiro escalão do BB é formado pelo presidente e por sete vice-presidentes. Desses, dois são filiados ao PT. Outros três que também eram vinculados ao partido do presidente foram substituídos na gestão de Rossano.Todos os oito são funcionários de carreira do banco.

O executivo também minimizou o peso de escândalos que, nos últimos anos, envolveram funcionários do BB. "Temos 85 mil pessoas trabalhando no banco. Todos os dias lidamos com erros que são cometidos e são apurados", afirmou Lima Neto.





Fonte: Folha Online

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