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Salário mínimo deve barrar aprovação do Orçamento
A aprovação do Orçamento Geral da União (OGU) está previsto para acontecer na próxima semana. Apenas um ponto da negociação entre governo e Congresso pode emperrar a votação da peça orçamentária: o novo valor do salário mínimo. O relator, senador Valdir Raupp (PMDB-RR), não abre mão de um reajuste dos atuais R$ 350,00 para R$ 375,00. O governo, por sua vez, propõe R$ 367,00. Na terça-feira, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, se reúne novamente com as centrais sindicais para chegar a um acordo. Os sindicalistas querem um mínimo de R$ 420,00. Marinho disse na cerimônia de diplomação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na semana passada, que isso é "impossível".
"Eu ainda não recebi nenhuma informação formal do governo, mas há sinais de que eles não vão contestar o reajuste para R$ 375,00. Se baixar para R$ 367,00 não será possível aprovar o Orçamento no Congresso", revelou o relator. Porém, Raupp admite que até quinta-feira, quando o Orçamento deve ser votado no plenário do Congresso, o texto pode sofrer modificações e o valor do mínimo pode até aumentar, dependendo da negociação que o governo fará com as centrais sindicais.
Os outros pontos da peça orçamentária já foram todos aprovados pela Comissão Mista de Orçamento (CMO), inclusive o do mínimo, e em tempo recorde. O relator credita a rapidez a sua experiência em cargos no Poder Executivo. "Tenho bastante experiência em discussão orçamentária, já fui prefeito e secretário de Estado. São 14 anos no Executivo. Isso ajudou na hora de negociar o Orçamento", explica Raupp.
Porém, a experiência de Raupp teve papel secundário na negociação. O Orçamento original enviado pelo Executivo à CMO foi acrescido em mais de R$ 10,6 bilhões. Cerca de R$ 7 bilhões foram incluídos no OGU só para atender a sede dos parlamentares por emendas. As emendas individuais, que eram de R$ 5 milhões para cada deputado ou senador, passaram para R$ 6 milhões.
Na quinta-feira passada, Raupp esteve reunido com governadores ou representantes de todos os Estados. A negociação adicionou cerca de R$ 500 milhões a mais no Orçamento. O valor não é confirmado pelo relator, mas os técnicos do Orçamento indicaram o acréscimo aproximado. E assim a conta aumenta.
Na proposta orçamentária enviada pelo governo ao Congresso, os investimentos da União em 2007 somarão cerca de R$ 17,6 bilhões. Porém, acrescidos das emendas deve passar da casa dos R$ 20 bi. As estatais prevêem um investimento de aproximadamente R$ 49 bi.
Com medo de um novo caos nos aeroportos, os parlamentares suplementaram o orçamento de segurança de vôo para a Aeronáutica em R$ 116 milhões, elevando os recursos do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) para R$ 660 milhões no próximo ano. O aumento de última hora na peça orçamentária serviu também para garantir R$ 100 milhões para reestruturação financeira do Instituto do Coração (Incor).
O problema é que os aumentos são todos fictícios, baseados em receitas extraordinárias que o governo pode ou não ter em 2007. A maioria dos acréscimos, se não todos, será contingenciada no ano que vem pelo Ministério do Planejamento.
"Eu ainda não recebi nenhuma informação formal do governo, mas há sinais de que eles não vão contestar o reajuste para R$ 375,00. Se baixar para R$ 367,00 não será possível aprovar o Orçamento no Congresso", revelou o relator. Porém, Raupp admite que até quinta-feira, quando o Orçamento deve ser votado no plenário do Congresso, o texto pode sofrer modificações e o valor do mínimo pode até aumentar, dependendo da negociação que o governo fará com as centrais sindicais.
Os outros pontos da peça orçamentária já foram todos aprovados pela Comissão Mista de Orçamento (CMO), inclusive o do mínimo, e em tempo recorde. O relator credita a rapidez a sua experiência em cargos no Poder Executivo. "Tenho bastante experiência em discussão orçamentária, já fui prefeito e secretário de Estado. São 14 anos no Executivo. Isso ajudou na hora de negociar o Orçamento", explica Raupp.
Porém, a experiência de Raupp teve papel secundário na negociação. O Orçamento original enviado pelo Executivo à CMO foi acrescido em mais de R$ 10,6 bilhões. Cerca de R$ 7 bilhões foram incluídos no OGU só para atender a sede dos parlamentares por emendas. As emendas individuais, que eram de R$ 5 milhões para cada deputado ou senador, passaram para R$ 6 milhões.
Na quinta-feira passada, Raupp esteve reunido com governadores ou representantes de todos os Estados. A negociação adicionou cerca de R$ 500 milhões a mais no Orçamento. O valor não é confirmado pelo relator, mas os técnicos do Orçamento indicaram o acréscimo aproximado. E assim a conta aumenta.
Na proposta orçamentária enviada pelo governo ao Congresso, os investimentos da União em 2007 somarão cerca de R$ 17,6 bilhões. Porém, acrescidos das emendas deve passar da casa dos R$ 20 bi. As estatais prevêem um investimento de aproximadamente R$ 49 bi.
Com medo de um novo caos nos aeroportos, os parlamentares suplementaram o orçamento de segurança de vôo para a Aeronáutica em R$ 116 milhões, elevando os recursos do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) para R$ 660 milhões no próximo ano. O aumento de última hora na peça orçamentária serviu também para garantir R$ 100 milhões para reestruturação financeira do Instituto do Coração (Incor).
O problema é que os aumentos são todos fictícios, baseados em receitas extraordinárias que o governo pode ou não ter em 2007. A maioria dos acréscimos, se não todos, será contingenciada no ano que vem pelo Ministério do Planejamento.
Fonte:
Terra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/253916/visualizar/
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