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Deputado critica desigualdade entre hospitais terceirizados e públicos
Riva diz que terceirização não deu certo e cobra mudança
O presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PSD), criticou a política de Saúde adotada em Mato Grosso e afirmou que o modelo de gestão de hospitais, por meio de Organizações Sociais (OSs), adotado pelo Governo do Estado "não funcionou e precisa ser revisto".
“É importante rever esse modelo implantado. Não deu certo, não adianta insistir. Se o Governo não tem condições de implantar as OSs em todo o Estado, então não deveria ter implantado somente em algumas unidades. Isso é algo que eu falei desde o começo, inclusive, para o ex-secretário Pedro Henry (PP)”, disse o deputado.
Para Riva, o grande problema desse modelo é a discrepância de recursos e de estrutura entre os hospitais terceirizados, que são gerenciados por OS, e aqueles geridos pelo poder público, já que os recursos repassados para as organizações são superiores ao valor recebido pelos hospitais que não possuem o sistema.
“O fortalecimento dos hospitais regionais é importante porque desafoga a Capital. Mas, como você vai criar duas categorias de cidadão? Um atendido pelas OSs, que recebe o dobro da tabela do SUS (Sistema Único de Saúde), e outro, que fica na fila pra ser atendido pela tabela SUS? Os médicos contratados pelas OSs vão receber duas vezes mais que os médicos do SUS pelo mesmo serviço? E os pacientes que são atendidos pela tabela SUS duplicada são melhor atendidos que os pacientes do SUS?”, questionou.
“O Governo diz que vai fazer pesquisa de satisfação para avaliar os serviços das OSs. Pesquisa de satisfação? Os que são atendidos por esse modelo gerenciados pelas OSs vão ser atendidos muito bem, e é claro que estão satisfeitos. Mas, estou falando de quem não vai ser atendido”, ressaltou.
Riva disse, ainda, que foi mal interpretado quando levantou a questão de o Governo não conseguir implantar as OSs em todo o Estado e, portanto, esse sistema não solucionaria os problemas crônicos da Saúde em Mato Grosso.
“Desde o começo, eu falava que via com preocupação a questão das OSs, pelo fato de o sistema não abranger todo o Estado. Mas, aqui, você não pode discordar de nada que te classificam como do contra, crítico, aquele que não quer que dá certo”, reclamou.
O deputado observou, por outro lado, que o problema da Saúde é antigo e não se pode culpar o Governo de Silval Barbosa (PMDB) pela situação atual.
“Não é culpa do Silval. Isso vem represado lá de trás. Há 20 anos, Mato Grosso não aumenta o número de leitos, só diminui. E esse problema represado vai ficando inadministrável”, completou.
Gestão por OS
Atualmente, sete hospitais regionais de Mato Grosso são geridos por OSs, que recebem recursos do Governo do Estado para gerenciar as unidades, o que inclui pagar os funcionários (que não precisam ser concursados) e manter a estrutura.
Eles são localizados nas cidades de Várzea Grande (Hospital Metropolitano), Cáceres, Rondonópolis, Sorriso, Alta Floresta, Colider, e Sinop.
Fonte:
Mídia News
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